31/05/2010

Família de jovem desaparecida há 15 anos é encontrada pela internet

Adolescente teria sido sequestrada aos 7 meses, no Paraná. Coordenadora de Centro de Referência em SP localizou avó da jovem
Foi em um abrigo em Presidente Prudente (SP) que Maíra Luiza Bueno realizou o sonho de reencontrar a família. Segundo relato da avó à Secretaria Municipal de Assistência Social, ela foi sequestrada aos 7 meses por uma vizinha, em Piraquara (PR). Desde então, a trajetória da jovem foi conturbada. Ainda bebê, ela teria sido levada a um lar para crianças e adotada aos 4 anos. A família adotiva, no entanto, devolveu Maíra aos 12 anos. Do abrigo, ela foi levada ao Centro de Referência da População Migrante de Rua. E foi por causa de uma fuga que a coordenadora da casa, Avelina Geraldo Campos, descobriu que Maíra procurava por sua família. “A história dela nunca foi clara para nós porque ela veio para o Centro de Referência depois de uma ordem judicial. Sabíamos apenas que ela havia sido devolvida por uma família adotiva. Um dia, no entanto, ela fugiu de nossa casa e, ao voltar, nos contou que sonhava em encontrar a mãe verdadeira", diz. Avelina resolveu ajudar. Usou as informações da certidão de nascimento de Maíra para procurar a família da adolescente. “Entrei em contato com prefeituras, secretarias de Assistência Social, e não consegui nada. Até que um dia tive a ideia de procurar no Google. Pesquisei pelos nomes da mãe e do avô da jovem, mas não encontrei. Só quando consultei pelo nome da avó é que encontrei um cadastro no Bolsa Família”, afirma. Por meio do cadastro foi possível descobrir que a família de Maíra morava em Campo Largo (PR). Já para localizar o endereço exato da avó da adolescente, Avelina contou com a ajuda da Secretaria de Assistência Social e o Conselho Tutelar da cidade. A documentação de Maíra, segundo a coordenadora, levou cerca de 1 mês para ficar pronta, após a localização da família. A adolescente reencontrou a avó na quarta-feira (26), e voltou para casa
CASOS COMO ESSE FAZEM QUE O VALE DO IVAÍ TENHA ESPERANÇAS DE ENCONTRAR A PEQUENA ARIELE BOTELHO
Veja matéria publicada no jornal gazeta do povo na semana passada sobre esse caso


Um ano depois, desaparecimento da menina Ariele é um mistério para a polícia

Fotos: Ivan Amorim / Os pais de Ariele oram pelo reaparecimento da  filha, na casa do sítio em que moram – onde a menina foi vista pela  última vez
Delegado que cuida do caso, Osnildo Carneiro Lemes, afirma que as investigações não avançaram por falta de informações concretas. Criança de dois anos sumiu enquanto brincava no quintal do sítio da família

Um ano de angústias, incertezas e falta de informações. Nos últimos 12 meses, os dias passaram lentamente para Neusa de Assis e o marido dela, Carlos Botelho, e foram marcados pela dor e a saudade. No dia 15 de maio, completou um ano que a filha do casal, Ariele Botelho, 2 anos, desapareceu do quintal da casa dela, em Lidianópolis, Norte do estado. “Não aguento mais esta situação. Estou vivendo um desalento muito grande. Eu e meu marido estamos sofrendo de depressão. Ele não consegue mais trabalhar nem comer direito. Estamos doentes. Nem dormir direito mais eu consigo”, conta Neusa.

Reprodução RPC-TV / Ariele foi vista pela última vez no dia 15 de maio no sítio onde morava na zona rural de Lidianópolis

Ariele foi vista pela última vez no dia 15 de maio no sítio onde morava na zona rural de Lidianópolis

A menina desapareceu enquanto brincava no quintal do sítio da família, que havia se mudado para o local há apenas oito dias. A mãe da criança contou que estava fazendo polenta para a filha e quando foi chamá-la já não a encontrou. Vizinhos, amigos da família e moradores da região realizaram buscas em sítios e plantações, mas sem sucesso Neusa revela que mantém a esperança de encontrar a filha com vida. “É difícil ver outras crianças. No último fim de semana uma sobrinha minha ficou aqui em casa e ela se parece muito com a Ariele, então a saudade só aumenta. Eu quero a minha filha do mesmo jeito de quando ela sumiu. Nada vai substituir o lugar dela.” Sem pistas - Um ano depois do desaparecimento, a Polícia Civil ainda não encontrou nenhuma pista concreta sobre o sumiço da menina. De acordo com o delegado de Ivaiporã, Osnildo Carneiro Lemes, que conduz as investigações, todas as hipóteses já foram levantadas pelos investigadores, mas não houve progresso. Para o delegado, a falta de informações de pequenos detalhes do dia do desaparecimento da criança dificultou ainda mais as investigações. “A região é rural e não há tanto movimento. Contudo, no dia do desaparecimento, ninguém viu nada de estranho. Nenhum carro, motocicleta ou pessoa que despertasse suspeita. Com isso, concentramos as investigações na própria família, pois era um grupo de seis a oito pessoas, mas infelizmente, nada avançou”, declarou. Durante as primeiras apurações um tio da menina chegou a ser preso suspeito de envolvimento com o caso. No entanto, ele foi solto dias depois, pois a polícia não conseguiu provas que o ligassem ao crime. Lemes diz acreditar que o caso será solucionado e que a menina ainda esteja viva. Para esta afirmação, o delegado se baseia nos resultados que as investigações alcançaram até o momento: a hipótese de Ariele ter sido morta está quase descartada. A polícia também trabalha com a possibilidade de a criança ter sido vendida. “Esta é uma hipótese levantada, mas que não conseguimos aprofundar, pois não tivemos nenhum ponto de partida. As investigações estão suspensas, porém não encerradas. Esperamos novas denúncias e informações para continuarmos o nosso trabalho.” Como ajudar As pessoas que tiverem informações sobre o paradeiro da menina Ariele Botelho, 2 anos, pode ligar para o telefone: 43 3472-1617.

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