27/02/2013

CONGRESSSO EM FOCO:

Sérgio Souza: “A economia nacional foi salva em grande parte pela agricultura e pecuária do Brasil”
 O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) manifestou ontem (26), durante pronunciamento no plenário do Senado, as expectativas positivas para o agronegócio brasileiro, ressaltando a posição de destaque da agricultura e da pecuária do país no cenário internacional. Segundo o senador, o agronegócio garante os sucessivos superávits na balança comercial em face de um cenário de desindustrialização. “Não tenho dúvida que mais uma vez a economia nacional foi salva em grande parte pela agricultura e pecuária do Brasil: 18,2% foi o crescimento do setor no ano passado. Mais alvissareira é a notícia de que, neste ano, será colhida a maior safra da história deste país”, relatou. Para Sérgio Souza, o agronegócio é hoje o segmento produtivo que mais contribui para o desenvolvimento nacional, sendo o principal responsável, há anos, pelos sucessivos superavits da balança comercial e por cerca de 30% dos empregos formais. Segundo o senador, o saldo da balança comercial brasileira em 2012 foi o pior em 10 anos, com US$ 19,4 bilhões, um tombo de 34,8% em relação ao ano anterior.
Esse resultado teria sido ainda mais negativo não fosse o superavit anual das exportações da agropecuária, de US$ 79,4 bilhões. Em outras palavras, o setor rural brasileiro financiou US$ 60 bilhões do rombo dos demais setores da economia. “O agronegócio ajudou a cobrir os US$ 22,2 bilhões gastos pelos turistas brasileiros no exterior. E mesmo com a queda de 5,3% das exportações no ano passado, para US$ 242,58 bilhões, US$ 96 bilhões, ou 40% das vendas externas, foram garantidos pelo campo. E mais: quase metade das reservas cambiais do país, um seguro anticrise superior a US$ 360 bilhões, saiu do setor rural”, disse Sérgio Souza. O senador espera que o Brasil se consolide como maior produtor de soja do mundo e que, na próxima década, supere os Estados Unidos como maior produtor de alimentos. Segundo ele, a revolução no campo, propiciada em grande parte pela conquista do Cerrado como nova fronteira agrícola, não confirma só uma vocação brasileira para ser "celeiro do mundo", mas consolida também o setor agropecuário na posição de âncora da estabilidade da economia. De acordo com o parlamentar, as inovações do campo brasileiro são aplaudidas internacionalmente e consideradas referência, especialmente para regiões tropicais, como a África e a América Central. “Um estudo sobre produtividade agrícola em 156 países, publicado pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos, mostra que, na primeira década deste século, o país avançou 4%, o que representa mais do que o dobro da média mundial de 1,84%. E o mais importante, fez isso preservando 61% do território com cobertura vegetal nativa e usando menos de um terço, ou 27,7%, da área total para produzir alimentos”, destacou. Segundo Sérgio Souza, o Brasil possui a maior área agricultável do mundo com cerca de 240 milhões de hectares e os melhores índices de produtividade em variadas culturas, e isso tudo, dentro de um contexto favorável de estoques mundiais de alimentos em queda e demanda global crescente, puxado pela elevação do consumo das classes médias de países emergentes, sobretudo os asiáticos. “E o melhor de tudo é constatar que apesar da tendência natural do agronegócio ser puxado pelos altos preços dos grãos, o setor no Brasil continua se diversificando. Uma prova disso é que o Brasil lidera o comércio mundial de cinco dos 10 principais itens agropecuários: café, açúcar, suco de laranja, soja e carne de frango, além de deter o maior rebanho bovino do planeta, com 213 milhões de cabeças”, afirmou. Para o senador, a agricultura de baixo carbono será uma "revolução dentro da revolução", indicando um futuro promissor. Ele lamentou, porém, que a infraestrutura precária e a burocracia continuem sendo obstáculos à eficiência do agronegócio.



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