Comissão do Senado tem placar acirrado e rejeita reforma trabalhista
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou o projeto da reforma trabalhista. A tramitação do texto vai seguir normalmente, mas a derrota do governo teve reflexos no mercado financeiro. Bate-boca logo no início da sessão. A oposição atacou mais uma vez a proposta de reformar leis trabalhistas em um momento de crise. Mas Marta Suplicy, presidente da Comissão de Assuntos Sociais, manteve a votação. O placar acabou surpreendendo os dois lados: dez votos contra o relatório do senador Ricardo Ferraço, do PSDB, e nove a favor. Três senadores de partidos da base do governo votaram contra; o peemedebista Hélio José, ligado a Renan Calheiros, que criticou a proposta e articulou nos bastidores. Otto Alencar, do PSD, que votou no lugar do colega Sérgio Petecão, que era a favor da reforma. E o tucano Eduardo Amorim. A derrota na comissão foi mal recebida no mercado financeiro. A Bolsa de São Paulo caiu 2%. O dólar subiu, vendido a R$ 3,33. Investidores continuam preocupados com a capacidade do governo de cumprir a agenda de reformas para recuperar a economia. Mesmo com o resultado, a reforma trabalhista continua tramitando no Senado. A reforma trabalhista dá força de lei a acordos entre trabalhadores e patrões, sempre respeitando os direitos assegurados pela Constituição, como FGTS e décimo terceiro; permite que férias possam ser divididas em até três períodos; acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical equivalente a um dia de salário do trabalhador; entre outras medidas. Em viagem à Rússia, o presidente Michel Temer disse que está confiante de que no plenário o resultado será pela aprovação da reforma.
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