03/07/2017

LAVA JATO - OPERAÇÃO PRENDE BARATA

LAVA JATO  -  Polícia Federal prende empresários de ônibus suspeitos de pagar propina no Rio de Janeiro
A Polícia Federal prendeu 10 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de pagamento de propina a políticos e fiscais, em troca de vantagens como aumento das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro. O empresário Lelis Marcos Teixeira foi preso pela Polícia Federal, em casa, na Lagoa. Ele é presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado, a Fetranspor, que reúne os grandes empresários e os sindicatos patronais. No apartamento dele, os agentes apreenderam anéis, colares, relógios e memórias de computador, além de quadros, esculturas e US$ 5,5 mil. Os policiais também estiveram em um endereço na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, a procura de José Carlos Lavoura, conselheiro da Fetranspor. Ele não estava em casa. A Polícia Federal suspeita que ele tenha ido para Portugal e acionou a Interpol. E era justamente para lá que outro passageiro tentava embarcar no domingo (02) à noite: o empresário Jacob Barata Filho.  O mandado de prisão de Barata foi antecipado depois que a Polícia Federal descobriu que ele tinha comprado passagens para Lisboa.  Os policiais também cumpriram mandados de prisão em Curitiba e em Florianópolis, onde prenderam Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, Departamento de Fiscalização de Transportes Rodoviários. De acordo com os investigadores, sozinho, ele teria recebido mais de R$ 40 milhões em propina.   Foi divulgada uma tabela que mostra quem também recebeu o dinheiro entre os anos de 2010 e 2016. A maior parte foi para Carlos Miranda, homem de confiança do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, quase R$ 130 milhões. Segundo a investigação, os valores foram repassados a Sérgio Cabral.  A operação surgiu a partir da delação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio, Jonas Lopes, e de Álvaro Novis, doleiro e operador financeiro da organização criminosa de Sérgio Cabral e também da Odebrecht. Álvaro Novis foi preso em janeiro.  Ele contou que foi contratado pela Fetranspor para recolher a propina e que os valores eram pagos dentro, inclusive, das garagens das empresas de ônibus. Ele disse, em depoimento, que o dinheiro era para garantir benefícios relacionados às linhas de ônibus e a tarifa das passagens.(JORNAL HOJE) 

RESPOSTAS
Em nota, a defesa de Jacob Barata Filho afirmou que o empresário faria uma viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios, e que tinha passagem de volta marcada para 12 de julho. Sobre a operação, a defesa do empresário disse que vai se pronunciar quando tiver acesso aos autos.
A Federação de Transporte, Fetranspor, disse, em nota, que colabora com a polícia e que está à disposição da Justiça para os esclarecimentos. O Jornal Hoje não conseguiu contato com as defesas de Rogério Onofre e Carlos Miranda. A defesa do ex-governador Sérgio Cabral não se pronunciou.

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