23/09/2017

ARTIGO - "Setembro Azul", artigo do Ernesto Siqueira de Rosário do Ivaí

"Setembro Azul", comemora-se o Dia Nacional do Surdo" 

     No dia 26 de setembro comemora-se o “DIA NACIONAL DO SURDO”. A data foi escolhida em homenagem ao INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos, sob a inspiração do francês E. Huet, que apresentou o projeto ao Imperador D. Pedro II, o qual acolheu e em 1857 e efetivou pela Lei imperial nº 639.  Na antiguidade, Roma e Grécia principalmente, as pessoas com necessidades especiais eram jogadas no mar ou em precipícios. No Brasil, ao menos 13 etnias indígenas praticam o infanticídio até os dias de hoje.   Durante a Segunda Guerra Mundial os nazistas marcaram os portadores de quaisquer necessidades especiais com uma fita azul. Os surdos, em lembrança a opressão, usam o azul como bandeira do movimento. É sabido que o Azul Turquesa, além de ser uma cor vibrante é apropriado para esses indivíduos que a travessia da história sempre foi repleta de obstáculos, porém todos superados por esses batalhadores, determinados e otimistas guerreiros. Guerreiros para eles não significa empunhar armas, mas uma boa e brilhante ideia na cabeça e bons projetos nas mãos.  É pacífico afirmar que existem surdos com título de professor, interprete, tradutor, bem como os que conquistaram o diploma de mestrado, doutorado e inclusive altos cargo na vida pública.  Nesta esteira, se fizermos um estudo mais detido, vamos descobrir que a surdez não escolhe raça, classe ou credo. Exemplo disso podemos citar o ex presidente americano Bill Clinton, a triz Lodie Foster, Holly Hunter, a belíssima brasileira Brenda Costa, que nasceu surda, o que não a impediu de tornar-se uma modelo de fama internacional. Outro exemplo é a americana Helem Keller, que inspirou o mundo com seu exemplo de superação. Era professora, escritora e conferencista. Possuidora de uma retórica invejável, não poupava críticas às autoridades. Em vida e mesmo depois de sua morte teve homenagens em vários países, inclusive no Brasil, no Bairro de Vila Mariana – São Paulo.   Em 1994, em uma convenção na Espanha, foi elaborada a “Declaração de Salamanca”, onde continha o compromisso dos países participantes em darem atenção a educação inclusiva.   No Brasil, embora desde 1988 o acesso a educação seja dispositivo constitucional, C.F. Art. 205, somente em 2002, foi reconhecido LIBRAS como Língua Brasileira de Sinais. Porém não bastam leis feitas à sombra de gabinetes, é preciso um efetivo empenho de Secretarias e Núcleos Regionais da Educação, no sentido de contabilizar as reais necessidades de professores, interpretes e tradutores.   A solução seria inserir LIBRAS na grade disciplinar de formação de professores e pedagogos, pois assim, não haveria a necessidade desses profissionais procurarem por conta própria instituições que ofereçam esses cursos. A exemplo disso, na cidade de Rosário do Ivaí, onde estão sendo desenvolvidos três cursos presencias de Educação Especial, 50% desses alunos estão fazendo LIBRAS.  Agradecendo a ótima acolhida que tive ao visitar uma comunidade de surdos, é com entusiasmo que falo: - Salve 26 de setembro de céu azul -   Por Ernesto SIQUEIRA/Rosário do Ivaí

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