24/10/2017

BRASÍLIA - Deputado Enio Verri fala da segunda denúncia contra Temer

Mesmo sendo de oposição, o Parlamenta acha que o presidente vai conseguir barrar a denúncia usando barganhas políticas com o orçamento da união. Ele ainda questiona porque o cidadão não foi as ruas... 
    (OUÇA ENTREVISTA)  O Deputado Federal Enio Verri, falou, ao vivo, com o repórter Ronaldo Senes, o "Berimbau",da Rádio Nova Era, neste dia 24 de outubro, terça-feira. Ele criticou as manobras do presidente Temer para conseguir barrar a segunda denúncia que chegou na Câmara dos Deputados. "A cada reunião, ele atende 20 parlamentares, e todos saem convencidos de que é preciso votar a favor do governo golpista. Ou ele tem um bom argumento, ou está usando o orçamento do País, que deveria ser investido em educação e outros setores, como moeda de barganha", alfinetou o parlamentar. Ele também lamentou que a população não tenha ido as ruas, o que facilita as manobras corruptas. "A classe média foi as ruas, bateu penelas e fez outros movimentos contra a Dilma que sofreu um golpe e foi tirada do poder sem provas, mas agora que temos vídeos, malas de dinheiro, áudios e outras provas, essa mesma população se cala. Não estão nem ai com corrupção ou o problema deles é o PT, não gostam do partido", desabafou. No link de vídeo, ouça a matéria completa, que fala sobre a Câmara dos Deputados vai decidir na quarta-feira (25) o destino da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Nessa reta final, as negociações em busca de votos e a pressão sobre os partidos aliados se intensificaram. Em troca de votos, o governo deu cargos, verbas, renúncia fiscal com refinanciamento de dívidas (o Refis), afrouxamento da fiscalização do trabalho escravo, recuo na privatização do aeroporto de Congonhas, perdão de multas ambientais, além de muitas promessas a serem pagas em 2018, ano de eleições. “Nós vamos sim buscar o voto. Estamos buscando o voto. Exatamente para que a gente possa ter um número possivelmente maior até do que a própria primeira denúncia. O governo está trabalhando para liberar emendas, não só para quem é da base, mas também para oposição, porque é lei e a lei precisa ser respeitada, mas é importante que aquilo que foi prometido, aquilo que foi comprometido tem que ser cumprido”, disse o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-lider do governo. A oposição tenta atrapalhar esse jogo. O deputado Rubens Fonseca Júnior (PCdoB-MA) pediu ao Supremo que determine votação separada para cada acusação. “O desejo do governo é ter uma votação única, rápida, onde seus aliados possam dar um voto envergonhado, tímido e veloz. As acusações são diferentes. Contra o Temer: uma que ele é chefe de uma organização criminosa. Acusação dois: de que ele praticou crime de obstrução de Justiça. Acusação três: que o Padilha é membro de organização criminosa. Acusação quatro: que o Moreira Franco é membro de uma organização criminosa. Se são quatro acusações, nós temos que ter, obrigatoriamente, quatro votações, afirmou. O governo faz conta de que tem voto suficiente. Mas sabe que pelo menos 40 aliados ainda estão insatisfeitos.

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