24/04/2018

SEMINÁRIO - NÃO AS USINAS HIDRELÉTRICAS

"Seminário das Águas", em Lidianópolis, reuniu centenas de pessoas, religiosos e  o principal tema foi a luta para evitar que Usinas Hidrelétricas sejam construídas ao longo do Rio Ivaí

ENTREVISTAS - No link de vídeo, entrevistas com Pe. Geraldino; bióloga Suzicley e pescador Marildo Oliveira 

O Seminário das Águas, aconteceu no dia 21 de abril, de 2018, feriado nacional. Centenas de pessoas vindas dos mais variados municípios da região, participaram. Até por volta das 12 horas, mais de dez padres já haviam passado pelo evento. Também esteve presente a professora Suzicley Jati, Bióloga do NUPÉLIA - Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura, formada na UEM e considerada uma autoridade no assunto no Paraná. "Eu digo que o evento foi um sucesso, tivemos a participação de muitas pessoas e debatemos temas importantes que reforçam o pensamento que precisamos preservar o meio ambiente, principalmente dizendo não as usinas hidrelétricas que causam impacto ambiental; prejudicam comunidades locais, como os pescadores profissionais da Colônia Z-17, que serão diretamente afetados e causa outros transtornos", disse o Pe. Geradinho. Ao final, foi elaborada uma carta recomendando o Rio livre de barragens e outras iniciativas como o fim do uso indiscriminado de agrotóxico e combate a pesca predatória. Um dia antes, na Câmara Municipal de Lidianópolis o promotor Robertson de Azevedo, se reuniu com lideranças e secretários municipais da região, trazendo para o encontro o exemplo de mato Rico, na criação de Área de Proteção Ambiental (APAs), que é uma extensa área natural destinada à proteção e conservação dos atributos bióticos (fauna e flora), estéticos ou culturais ali existentes, e que gera lucro para os municípios. A professora Suzicley, também foi entrevistada pelo repórter Ronaldo Senes, o "Berimbau", e fez um apelo dizendo o Paraná já teve praticamente todos os seus rios barrados e que precisamos preservar pelo menos o Rio Ivaí e Piquiri que ainda estão intactos, pois o barramento não gera emprego; causa impacto, modifica os aspecto de uma região e inclusive provoca a extinção de espécies nativas e prejudicada a migração de peixes como dourado, pintado e corimba. Outro entrevistado, foi Marildo Oliveira, coordenador da Patrulha Ambiental, grupo de Pescadores que no dia anterior encerrou um arrastão no Rio Ivaí, retirando toneladas de lixo, agrotóxicos e outras materiais poluentes. Ele também defendeu a ideia de que o Rio precisa ser protegido e não entregue aos interesses dos grandes consórcios, que chegaram na região com o argumento de que as PCHs - Pequenas Usinas Hidrelétricas, são sinônimos de desenvolvimento e estão com estudos avançados para construção de um barramento entre Jardim Alegre e Grandes Rios. SEMINÁRIO - Conforme já havíamos anunciado, em março foi realizada uma reunião de preparação da Diocese de Apucarana, também no Porto Ubá, que teve, entre seus organizadores, o Pe. Geraldino, através da Pastoral do Meio Ambiente, para organização do Seminário Diocesano, sobre a carta encíclica do Papa Francisco, "Laudato Si, Louvado Seja". O evento deste dia 21 de abril de 2018, no mesmo local, teve como objetivo, o estudo da carta do Papa, e fazer uma discussão sobre a construção de PCHs no Rio Ivaí. A Pastoral quer responder os seguintes questionamentos: se essa obra for realizada, quais os impactos ambientais e sociais para a região? Além dos municípios de Jardim Alegre e Grandes Rios, que outros municípios serão afetados? Como os demais municípios estão participando da discussão? Se chegar a construir uma, quantas outras serão construídas? Existem alternativas econômicas para os municípios que não seja a construção de PCHs? e Como fica a Colônia de Pescadores Z-17, de Porto Ubá e região?. Na programação, ocorreram conferências, mesas de debates; oficinas com temas como: impacto ambiental, questão legal, prejuízos para a Comunidade, reflexão sobre meio ambiente e sobre a "Laudato Si". O Seminário foi voltado a membros de pastorais e movimentos de Igrejas, movimentos sociais e ambientais; organismos e instituições. APOIO - Ministério Público: MPPR, UEM, CARITAS, Prefeitura de Lidianópolis e Colônia de Pescadores Z-17.






Entrevista concedida pelo Padre Geraldino, antes da realização do evento 


Um comentário:

  1. Quem vê pensa que a preocupação esta no impacto ambiental, só de ler que foram recolhidos dezenas de toneladas de lixo tóxico como embalagens de agrotóxicos, se vê que a preocupação da população e sitiantes da região, que em alguns casos a áreas de preservação não estão sendo respeitadas, inclusive com avanço de agricultura inorgânica sobre as mesmas, e depois la na frente quando houverem vários apagões, irão falar que ninguém se prontificou a melhorar o sistema elétrico brasileiro, manifestações para reduzir os custos e incentivos a instalações dos equiipamentos fotovoltaicos para micro geração de energia solar ninguém lembra de fazer, ou alguma ideia que venha a ser útil em opção as PCHS. Atitude colaborativa ninguém faz.

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