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Prefeituras da Amunop fecham as portas
Amin Hannouche: ‘‘Não tivemos ajuda dos governos nem para a compra de material preventivo como álcool e toalhas de papel’’

A partir de hoje as 19 prefeituras da região da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop) fecham as portas. A paralisação, segundo o presidente da entidade, Amin José Hannouche (PP), prefeito de Cornélio Procópio, aproveita o trabalho preventivo contra a gripe A (H1N1) para protestar contra a queda na arrecadação e nos repasses federal e estadual. Durante toda a semana funcionam apenas os serviços essenciais - saúde, limpeza pública, coleta de lixo e a contabilidade das prefeituras. A decisão, segundo o Hannouche, foi tomada anteontem durante reunião extraordinária da entidade, realizada em Cornélio Procópio. Segundo ele, a redução nos repasses, como os do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do ICMS, deixou os municípios em situação caótica. ''Como não temos condições nem competência para criarmos novos impostos e novas receitas, resta-nos contar com a sensibilização dos governos'', disse. Na semana passada, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo, durante reunião da Associação dos Municípios do Paraná, em Curitiba, comprometeu-se em repor as perdas até o final deste mês. ''Mesmo assim, os recursos ainda são insuficientes'', reforçou explicando que o orçamento se mantém o mesmo e não são considerados nem mesmo os reajustes concedidos à folha de pagamento dos funcionários. ''A grande queixa de nossos prefeitos é de que estão sendo apenas gerentes da folha de pagamento de seus respectivos municípios'', complementou. Hannouche espera que a iniciativa da Amunop ganhe a adesão das demais associações e municípios do Estado. (F. de Londrina)