01/12/2014

ARTIGO - Dom Celso Antonio Marchiori, de Apucarana

O Natal de Jesus -
"Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados" (Lc 2, 14).
Apucarana, 21 de novembro de 2014
Glorificamos a Deus por este grande acontecimento: o nascimento de Jesus. Sim, Deus Pai, cheio de compaixão pela humanidade quis se tornar humano para que pudéssemos experimentar sua presença bem pertinho de nós. E para que isso acontecesse, ele decidiu enviar seu Filho, seu único Filho, para nos dar a conhecer sua misericórdia. E Jesus, descido do Pai, se tornou uma criança no ventre puríssimo da Virgem Maria, e veio morar entre nós para nos salvar. Ele é o nosso Salvador. Um Salvador na figura de uma criança tão vulnerável, tão frágil e desarmado. No entanto, seu nascimento trouxe luz, paz e muita alegria a toda gente.  Embora, esta alegria possa ser lembrada todos os dias do ano, 25 de dezembro é um dia especial, marcado no calendário litúrgico para celebrarmos essa manifestação de Deus na história humana. O Natal existe porque Deus quis reconquistar todas as pessoas para si para se entreter com elas. Deus veio a este mundo na forma de uma criança, humano como nós a fim de nos tornar divinos como ele. Desceu até a nossa humildade para nos elevar a tão alta dignidade.    Este Deus Criança existe e está entre nós, está dentro de nós. Mas muitas vezes essa criança é sufocada. Nós a sufocamos quando fazemos do Natal “a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento institucionalizado; festa dos presentes e das decorações luminosas, do décimo terceiro salário, dos champanhes e dos panetones e de tantos presentes que nós nos damos mutuamente. Uma festa com verniz de bondade generalizada, de generosidade pontual e de muita emoção”. Mas o Deus Menino também é sufocado quando o impedimos de crescer e se torna simplesmente uma imagem de gesso, de rezina ou de plástico que a colocamos uma vez por ano em nossos presépios. Depois, guardamos em uma caixa e jogamos no fundo de uma gaveta. E suas palavras ficam esquecidas ou ignoradas. Sua proposta libertadora, exigente, e comprometedora acaba por se resumir num sabor adocicado de um cristianismo sem Jesus e, consequentemente, sem compromissos com os valores humanos e cristãos.  É claro que o sentido teológico “não destrói o lado festivo e poético do Natal, mas o ilumina e dá uma nova direção”.  Vamos, portanto, resgatar a genuína festa natalina, festa da família e da comunidade eclesial, festa das crianças, dos jovens, dos casais, onde estão presentes os pobres, idosos e os enfermos. Sim, Natal é festa do amor de Deus que veio habitar no meio de nós.   Sem mito, nem lenda, contemplemos o Menino Jesus deitado na manjedoura que olha profundamente em nosso coração e nos ama; e nos convida a fazermos um caminho com ele em busca da construção do seu reino onde se espera, com ansiedade e grande expectativa, uma vida conduzida pela comunhão fraterna, pela defesa e promoção da vida de todos os filhos e filhas de Deus.   Que Jesus ilumine e plenifique a todos com o dom da paz. A todas as famílias e comunidades da diocese de Apucarana, desejo um Feliz e abençoado Natal de Jesus. (Dom Celso A. Marchiori  -  Bispo Diocesano)

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