Lava Jato investiga empréstimo de 2004 para compra de jornal no ABC. Até a morte do ex-prefeito de Santo André foi lembrada
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O ex-secretário-nacional do Partido dos Trabalhadores Silvio Pereira é alvo de prisão temporária |
A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira (1º de abril, de 2016), a 27ª fase da operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção envolvendo contratos da Petrobras. Foram presos temporariamente, o ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, e o empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC. Esta fase da operação Lava Jato apura crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Os integrantes da força tarefa disseram que a operação Carbono14 é uma referência científica, que identifica investigações antigas, inclusive relacionadas ao mensalão do PT. “Há algumas peculiaridades nessa fase, que envolve uma tipologia semelhante à encontrada no mensalão, pelo uso de uma instituição financeira, um empréstimo fraudulento. Enquanto no mensalão o pagamento desses empréstimos fraudulentos era feito mediante favores do governo federal, inclusive com edição de decretos e medidas que favoreciam as instituições financeiras, no caso presente, o favorecimento, o favor para o pagamento desse empréstimo, foi a utilização de um contrato bilionário com a Petrobras”, explica Diogo Castor de Mattos, procurador do Ministério Público Federal. Foram presos, o empresário Ronan Maria Pinto, e Sílvio Pereira, ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias, podendo ser prorrogadas. O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenado no mensalão, e o jornalista Breno Altmann, filiado ao PT e amigo do ex-ministro José Dirceu, foram alvo de condução coercitiva. Os investigadores apuram um empréstimo de R$ 12 milhões feito por Bumlai no Banco Schahin, em setembro de 2004. Eles disseram que quase R$ 6 milhões foram repassados a vários destinatários até chegar ao empresário Ronan. O destino da outra metade do empréstimo ainda está sendo investigado. “A outra metade, os R$ 6 milhões, segundo o depoimento do senhor José Carlos Bumlai, depoimento que ele prestou à Polícia Federal no final do ano passado, que já é público, teria sido destinado a saldar dívidas da campanha do município de Campinas, da época de 2002, 2004”, diz o procurador. (Leia mais no link abaixo)
No pedido do Ministério Público Federal para condução coercitiva do ex-presidente Lula, na 24ª fase da operação Lava Jato, os procuradores disseram que Ronan Maria Pinto teria recebido mais de R$ 5 milhões do banco Schahin, com recursos desviados da Petrobras, para beneficiar pessoas ligadas ao PT. Para quitar a dívida, articulou-se de forma fraudulenta, que a Schahin Engenharia fosse contratada como operadora do navio-sonda Vitória 10.000 da Petrobrás De acordo com as investigações, parte dos R$ 6 milhões foi usado por Ronan para a compra do controle acionário do Jornal Diário do Grande ABC, em parcelas de R$ 210 mil. “A razão pela qual ele recebeu esses valores é a grande pergunta que a investigação pretende responder”, garante Diogo Castor de Mattos. A previsão é de que Sílvio Pereira e Ronan Pinto cheguem a Curitiba por volta das 15h. Eles foram presos na região de São Paulo e estão sendo levados para a sede da Polícia Federal de carro. A prisão dos dois é temporária, vale por cinco dias e pode ser prorrogada com autorização da Justiça. Por causa desse prazo de cinco dias, eles devem ser ouvidos até terça-feira. Uma das principais perguntas que os investigadores vão fazer a Ronan Maria Pinto é por que ele supostamente recebeu R$ 6 milhões em 2004, dinheiro que seria do esquema de corrupção na Petrobras. Na coletiva, os procuradores disseram que estranharam o fato de Ronan ter recebido esse dinheiro, e há até ilações com a morte do ex-prefeito de Santo André. Ele não é marqueteiro político nem empreiteiro, mas sim empresário ligado ao setor de transporte público. O empresário chegou a ser investigado anos atrás pela polícia de São Paulo no caso do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, mas a conclusão foi de que o crime não teve motivação política. Nesta sexta-feira (1), a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o assassinato do prefeito não tem relação com essa fase de da operação. Os investigadores da Lava Jato dizem que o dinheiro recebido por Ronan veio de um empréstimo quitado de maneira fraudulenta. O esquema foi articulado pelo ex-secretário do PT, Sílvio Pereira, segundo a Polícia Federal.
No pedido do Ministério Público Federal para condução coercitiva do ex-presidente Lula, na 24ª fase da operação Lava Jato, os procuradores disseram que Ronan Maria Pinto teria recebido mais de R$ 5 milhões do banco Schahin, com recursos desviados da Petrobras, para beneficiar pessoas ligadas ao PT. Para quitar a dívida, articulou-se de forma fraudulenta, que a Schahin Engenharia fosse contratada como operadora do navio-sonda Vitória 10.000 da Petrobrás De acordo com as investigações, parte dos R$ 6 milhões foi usado por Ronan para a compra do controle acionário do Jornal Diário do Grande ABC, em parcelas de R$ 210 mil. “A razão pela qual ele recebeu esses valores é a grande pergunta que a investigação pretende responder”, garante Diogo Castor de Mattos. A previsão é de que Sílvio Pereira e Ronan Pinto cheguem a Curitiba por volta das 15h. Eles foram presos na região de São Paulo e estão sendo levados para a sede da Polícia Federal de carro. A prisão dos dois é temporária, vale por cinco dias e pode ser prorrogada com autorização da Justiça. Por causa desse prazo de cinco dias, eles devem ser ouvidos até terça-feira. Uma das principais perguntas que os investigadores vão fazer a Ronan Maria Pinto é por que ele supostamente recebeu R$ 6 milhões em 2004, dinheiro que seria do esquema de corrupção na Petrobras. Na coletiva, os procuradores disseram que estranharam o fato de Ronan ter recebido esse dinheiro, e há até ilações com a morte do ex-prefeito de Santo André. Ele não é marqueteiro político nem empreiteiro, mas sim empresário ligado ao setor de transporte público. O empresário chegou a ser investigado anos atrás pela polícia de São Paulo no caso do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, mas a conclusão foi de que o crime não teve motivação política. Nesta sexta-feira (1), a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o assassinato do prefeito não tem relação com essa fase de da operação. Os investigadores da Lava Jato dizem que o dinheiro recebido por Ronan veio de um empréstimo quitado de maneira fraudulenta. O esquema foi articulado pelo ex-secretário do PT, Sílvio Pereira, segundo a Polícia Federal.
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