Família Petrilli, proprietária da Fazenda Brasileira entre Ortigueira e Faxinal, nega que tenha aceitado proposta do Governo para finalmente vender a propriedade ao INCRA
POLÊMICA Nossa reportagem (Blog do Berimbau) publicou uma matéria sobre a possível compra da Fazenda Brasileira, localizada nos municípios de Ortigueira e Faxinal, onde há informações que uma negociação com o proprietário estaria sendo finalizada e que os acampados podem receber a titulação. Pouco depois, recebemos uma nota enviada pela família Petrilli, negando que advogados e proprietários tenham sido procurados por órgãos do Governo: "Nenhuma autoridade nos contatou recentemente. Não fomos informados desta reunião em Curitiba. Nossa posição é a mesma de quando estávamos negociando com o INCRA.... Venderemos, ao INCRA ou a quem pagar o que vale a propriedade", diz trecho da nota. Eles também afirma que continuam lutando na justiça para corrigir uma injustiça, que foi a ocupação da propriedade. Veja a nota na íntegra: "Prezado senhor Ronaldo A. Senes, "Berimbau", somos os proprietários da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, também conhecida por Fazenda Brasileira. Parcialmente invadida pelo MST em janeiro de 2003, logo após a posse do Sr. Lula, e totalmente invadida em julho de 2005. Perdemos a posse da propriedade e tudo dentro dela. Estamos batalhando juridicamente desde então, há 14 anos, pela execução da reintegração de posse concedida judicialmente, bem como pelo ressarcimento, pelo estado, de tudo que nos foi roubado. A fazenda, nossa propriedade desde 1964, fruto do trabalho duro de três gerações da família, imigrantes que chegaram ao Brasil e pegaram na enxada, foi vistoriada várias vezes neste período e classificada pelo próprio INCRA como altamente produtiva, temos toda a documentação. A fazenda que os sem terra alegaram ser improdutiva, tinha 7500 cabeças de gado, e toda a estrutura necessária para mantê-las. Pastagens, açudes, plantações, serraria própria, balanças de pesagem, mangueirões, gerador próprio, instalações telefônicas, casas para empregados com luz elétrica e água encanada, sedes, tratores, inclusive de esteira, cavalos, carros para locomoção de empregados, etc. Fazíamos a nossa parte, dando empregos, pagando impostos, colocando comida na mesa dos brasileiros Em um governo que não cumpre a lei, chegamos até o STF, conseguindo ordem de intervenção federal no estado do paraná. Aguardamos agora finalmente o cumprimento das ordens judiciais. Nestes 14 anos, chegamos a negociar a propriedade com o INCRA, mas as propostas do órgão sempre foram preço vil. Para o senhor tenha uma ideia, um terço do valor à vista de mercado, em TDA a vencer em anos. Critérios "técnicos". Infelizmente, o anúncio atual de que os proprietários chegaram a um acordo com o governo é falso. Nenhuma autoridade nos contatou recentemente. Não fomos informados desta reunião em Curitiba. Nossa posição é a mesma de quando estávamos negociando com o INCRA.... Venderemos, ao INCRA ou a quem pagar o que vale a propriedade", assinado Família Petrilli. Sobre as afirmações contra o movimento Sem Terra, um líder que representa do MST na região, ficou responder a afirmação onde a nota diz que a propriedade foi "roubada". Clique aqui para rever a matéria sobre a possível venda da propriedade que causou a polêmica.
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