Em entrevista à Rádio Nova Era FM (97,5), na manhã desta quinta-feira (29 de maio), o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, falou ao repórter Ronaldo Senes (Berimbau) sobre sua recente agenda em Brasília. Mota participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 66/2023. A medida é considerada essencial para o reequilíbrio fiscal de centenas de municípios, entre eles Apucarana — que, segundo o prefeito, possui a maior dívida municipal do Brasil em números absolutos. Vice-presidente de Assuntos Jurídicos da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Mota esteve ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, representando os grandes municípios brasileiros. A PEC em discussão propõe estabelecer limites para o pagamento de precatórios e reabrir prazos para parcelamentos de débitos previdenciários com a União, tanto no Regime Geral quanto nos Regimes Próprios. Segundo Mota, a dívida histórica de Apucarana chega a aproximadamente R\$ 1,25 bilhão. “Devemos meio bilhão a mais do que o Rio de Janeiro capital e do que Diadema (SP), segunda e terceira colocadas nesse ranking”, afirmou. Ele explicou que o valor se arrasta há mais de 30 anos, e que a PEC permitirá a renegociação dos termos atuais, trocando taxas de juros abusivas e possibilitando reparcelamento em até 20 anos. A meta é reduzir o montante para algo entre R\$ 300 e R\$ 350 milhões, tornando a dívida administrável para a realidade financeira da cidade. Além disso, o prefeito revelou um novo problema: uma dívida acumulada de aproximadamente R\$ 300 milhões com o INSS, referente à falta de pagamentos da parte patronal de servidores e professores nos últimos cinco a oito anos. “Isso não é herança de 30 anos atrás. É dívida recente”, destacou. Apesar do cenário fiscal desafiador, Mota ressaltou conquistas importantes obtidas por sua gestão com apoio do Governo do Estado, como mais de R\$ 100 milhões em investimentos assegurados. Entre os projetos, estão a instalação de 100% de iluminação pública em LED, três novos colégios estaduais, nova sede do Corpo de Bombeiros e ampliação da rede de saúde com novas UBSs. No campo administrativo, destacou avanços como a redução da folha de pagamento, concessão de reajustes acima da inflação e a criação do piso municipal de R\$ 2.100 para os servidores. “A folha hoje é menor do que a da gestão anterior, mesmo com mais direitos garantidos ao servidor”, disse. Sobre o Hospital Municipal, Mota informou que a estrutura da obra foi aprovada pela Caixa Econômica, e que o espaço já está sendo utilizado para atendimento de dengue, com regime de plantão de 18 horas. O próximo passo será buscar apoio dos governos estadual e federal para garantir o custeio de cirurgias eletivas. “Parede não atende ninguém. É preciso garantir custeio, profissionais, estrutura. E isso custa até R\$ 2 milhões por mês”, ponderou. Encerrando a entrevista, o prefeito enviou um recado direto à população e aos críticos: “Não pode lutar contra a cidade. Temos uma dívida do passado que pode comprometer mais 20 anos do futuro. Eu fui eleito para resolver isso, e estou determinado. Se precisar, faço acampamento em Brasília, mas não vou desistir.” Mota também enfatizou que o desenvolvimento de Apucarana impacta positivamente todo o Vale do Ivaí: “Se Apucarana vai bem, o Vale do Ivaí todo ganha. Jandaia, Cambira, Borrazópolis, Rio Branco… todos se beneficiam.”
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