A Prefeitura apresentou ao Fórum Desenvolve Apucarana um estudo técnico que traça um panorama atual da economia do município e propõe caminhos para destravar o crescimento local. Embora o levantamento aponte o aumento no número de empresas, destaca também desafios como os mais de 500 vazios urbanos e a demanda por mais oferta de energia. A iniciativa visa promover um debate conjunto com as instituições e traz sugestões concretas para impulsionar o crescimento econômico da cidade. O levantamento foi apresentado durante reunião do Fórum Desenvolve Apucarana pelo secretário municipal da Fazenda, professor Rogério Ribeiro — autor do estudo —, e pelo secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Emerson Toledo. O convite partiu do próprio Fórum, com o propósito de fomentar o debate sobre o cenário econômico atual do município e, em conjunto com as instituições, refletir sobre estratégias para impulsionar o desenvolvimento de Apucarana. “Nosso crescimento real nos últimos anos ficou abaixo da média estadual e nacional. Precisamos refletir, junto com a sociedade civil, como potencializar o desenvolvimento econômico, destravar a cidade e preparar Apucarana para o futuro”, comenta o prefeito Rodolfo Mota. Ainda segundo o prefeito, há exemplos de que Apucarana tem grande potencial não explorado. “Existem mais de 500 terrenos vazios na área central. Esses vazios urbanos poderiam estar gerando empregos, movimentando o comércio e ampliando os serviços”, completou Rodolfo Mota. O secretário municipal da Fazenda, Rogério Ribeiro, apresentou o levantamento com base em dados de fontes oficiais como IBGE, PNAD, Caged, além de informações internas da Prefeitura. “Somente nos primeiros seis meses de 2025 foram abertas 1.947 novas empresas em Apucarana, sendo 72,4% registradas como MEI. Em todo 2024, foram 2.905 novas empresas no total. Se mantido esse ritmo, poderemos ter um crescimento de até 30% no número de empresas abertas em 2025”, informou. Para o secretário, o aumento da abertura de empresas pode ser um reflexo de um cenário pós-pandemia que impulsionou o empreendedorismo e da liberdade econômica, que facilita o processo de formalização. “Esse movimento pode demonstrar dinamismo da economia, mas também exige análise qualitativa. Nem sempre o aumento de MEIs significa maior estabilidade econômica, pois pode estar ligado à perda de empregos”, avaliou Rogério, ao destacar a importância de se criar um banco de dados municipal mais robusto para qualificar essas informações. Rogério também analisa que o crescimento do número de empresas impacta diretamente na geração de renda e no aumento do PIB local. “O faturamento das empresas se transforma em salários, impostos, lucros, juros. Tudo isso compõe a renda agregada do município. E o crescimento econômico é a primeira condição para melhorar a qualidade de vida da população”, pontuou. Já o secretário de Indústria e Comércio, Emerson Toledo, destacou que o Fórum Desenvolve Apucarana está constituindo câmaras temáticas para aprofundar o debate sobre o futuro econômico da cidade. “No estudo apresentado pela Prefeitura, foram indicadas seis ações prioritárias: criação de um centro integrado de inovação, formação técnica e profissional, aceleração estruturada de pequenos negócios, observatório econômico, fomento à indústria de alto valor e revitalização produtiva dos vazios urbanos”, detalhou. Toledo relatou que os participantes do Fórum também apontaram desafios práticos que afetam diretamente o setor produtivo. “Houve manifestações sobre a insuficiência na oferta de energia elétrica para as indústrias e os investimentos previstos pela CCR PRVias que opera nas rodovias da região de Apucarana. Estamos atentos a essas demandas e atuando junto às concessionárias e órgãos competentes para garantir as condições necessárias ao desenvolvimento de Apucarana”, afirmou o secretário.
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