Clodoaldo Fernandes é acusado de frequentar universidade integral enquanto deveria estar no gabinete de prefeito e ainda usar veículo oficial e gozar de diárias
BERIMBALADAS - O ex-prefeito de Nova Tebas, Clodoaldo Fernandes dos Santos, que tem ministrado palestras de "Boas Práticas Políticas" e "Gestão Eficiente", está sendo alvo de uma ação de improbidade administrativa, proposta pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), após o órgão, Comarca de Manoel Ribas, apurar que ele frequentava, em período integral, um curso de medicina no Centro Universitário Integrado, em Campo Mourão, durante o exercício do mandato. Segundo a ação, ajuizada pela Promotoria de Justiça de Manoel Ribas, Clodoaldo usava veículo oficial e servidor público como motorista para deslocamento até a faculdade, além de receber diárias destinadas a compromissos oficiais nos mesmos dias em que estava registrado como presente nas aulas. A auditoria apontou um prejuízo de R$ 409.136,21 relacionado à ausência do cargo e uso indevido da estrutura da prefeitura, além de mais R$ 60.067,26 em diárias indevidamente recebidas, totalizando um ressarcimento de R$ 469.203,47 aos cofres públicos. O MP requer sua condenação com base no artigo 9º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), pedindo a devolução do valor ao erário, perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos por até 14 anos, multa civil equivalente ao dano e proibição de contratar com o poder público pelo mesmo período. Em 2023, o MP chegou a emitir uma recomendação para que ele se licenciasse ou abandonasse o curso, mas Clodoaldo respondeu solicitando prazo para concluir o semestre, o que, para a promotoria, evidenciou a intenção de manter a conduta irregular. O caso foi flagrado por um vereador, Vanderley Borgert, e registrado em boletim de ocorrência após o ex-prefeito desembarcar de um carro oficial na faculdade, fugir do local e retornar minutos depois para assistir à aula normalmente como se nada tivesse acontecido. O juiz William Oliveira Taveira, da Vara da Fazenda Pública de Manoel Ribas, já acolheu a petição inicial e determinou ajustes técnicos no processo antes da análise com prioridade e urgência. Portando o Ministério Público apresentou uma Ação Civil de Improbidade Administrativa, mas o juiz ainda não analisou o mérito da ação e nem se manifestou sobre o pedido de tutela de urgência. O processo continua em fase inicial de admissibilidade. Clodoaldo tem negado as acusações, dizendo que vai provar inocência. Nossa reportagem enviou mensagens no WhatsApp do ex-prefeito e em seu Instagram, oportunizando um direito de resposta, mas o ex-gestor não respondeu. Quando isso ocorrer, a resposta será inserida nesta reportagem.
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