Mais detalhes da acusação de trabalho escravo em Mauá da Serra

   Em Mauá da Serra-PR,  14 trabalhadores foram resgatados em uma pedreira em condições de trabalho análogas à escravidão, conforme informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTE) nesta quinta-feira (30 de março). A notícia ganhou destaque nacional e foi divulgada por alguns portais, como o G1. Segundo o auditor fiscal do MTE, Edvaldo Santos da Rocha, os trabalhadores utilizavam bombas caseiras sem qualquer equipamento de proteção para detonar as rochas. Eles também precisavam criar a própria pólvora para a detonação, misturando salitre, carvão e enxofre. Além disso, cada trabalhador precisava levar suas próprias ferramentas para o trabalho. Os trabalhadores viviam em condições insalubres, sem proteção ou alojamentos adequados. Parte dos trabalhadores vivia em um curral junto com animais, enquanto outros viviam em tendas montadas com lonas no local de trabalho. As vítimas trabalharam nessas condições por um período de oito meses, o que não atendia à legislação trabalhista. Os trabalhadores ainda precisavam pagar por sua própria alimentação e produtos pessoais, comprometendo seus salários. O resgate ocorreu na segunda-feira (27) e os responsáveis pela pedreira e pela contratação dos trabalhadores foram autuados por trabalho análogo à escravidão, de acordo com o MTE. A pedreira foi interditada após o resgate. A fotos do são do Ministério do Trabalho.