PF indicia por corrupção a senadora do PT Gleisi Hoffmann e o marido dela
A Polícia Federal indiciou por corrupção a senadora do PT Gleisi Hoffmann e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo. O documento vai ser anexado às investigações da Lava Jato que estão no Supremo Tribunal Federal. A polícia afirmou que Gleisi Hoffman recebeu R$ 1 milhão, desviado da Petrobras durante a campanha de 2010. E que o pedido de dinheiro foi feito por Paulo Bernardo. A defesa de Paulo Bernardo disse que o cliente não era nem investigado nos autos. A assessoria da senadora Gleisi afirmou que vai contestar o indiciamento. E que não há provas de solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor pela senadora ou por Paulo Bernardo. SOBRE A ACUSAÇÃO - A acusação surgiu quando o doleiro Alberto Youssef disse em depoimento ao Ministério Público Federal que deu R$ 1 milhão à campanha que elegeu Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao Senado, em 2010. Gleisi foi também chefe da Casa Civil no governo da presidente Dilma Rousseff entre junho de 2011, quando Antonio Palocci deixou o cargo, e fevereiro deste ano. Segundo o doleiro, o montante foi entregue em quatro parcelas, em espécie, ao dono do shopping Total de Curitiba, Michel Gelhorn. Três das parcelas foram entregues no próprio shopping, de acordo com Youssef. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia citado em sua delação que a campanha de Gleisi recebera R$ 1 milhão. Costa confirmou que uma anotação que havia num de seus cadernos apreendidos pela Polícia Federal ("P.B., 0.1") era uma referência cifrada a essa doação. Ainda de acordo com Costa, P.B era Paulo Bernardo, marido de Gleisi.