A presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, anunciou nesta quarta-feira (26 de julho) que benefícios sociais e trabalhistas poderão ser pagos no futuro por meio do real digital, a criptomoeda oficial desenvolvida por empresas autorizadas pelo Banco Central (BC). A instituição financeira lançou um consórcio em parceria com a bandeira de cartões de crédito Elo e a Microsoft, com o objetivo de elaborar produtos e soluções que possibilitarão o uso do sistema digital. Maria Rita Serrano destacou o potencial de utilizar a moeda tokenizada, ou seja, convertida em ativos digitais, para fins de pagamento de benefícios e salários, visando aliar a digitalização financeira à inclusão social. A Caixa Econômica Federal, presente em 99% dos municípios brasileiros e com 155 milhões de clientes, é vista como um ambiente propício para testar soluções inovadoras. O consórcio entre a Caixa, a Elo e a Microsoft foi lançado como um projeto-piloto para o real digital. Segundo Marcos Brasiliano Rosa, vice-presidente de Finanças do banco, a parceria permitirá o desenvolvimento de opções de criptoativos com pagamento em parcelas, assim como ocorre com a fatura de cartão de crédito. Além disso, a Microsoft contribuirá com sua expertise tecnológica para acelerar a implementação da criptomoeda oficial. A tokenização, que consiste na representação digital de bens ou produtos financeiros, facilitando negociações em ambientes virtuais, é uma das propostas do real digital. Os testes iniciados em março devem se estender até o final de 2024, quando a moeda estará disponível para a população. Entre as soluções a serem desenvolvidas pelo consórcio, está a possibilidade de compra de imóveis pelo real digital, funcionando de forma semelhante a um Pix para a aquisição e pagamento de prestações de imóveis. Júlio Gomes, vice-presidente de Serviços Financeiros da Microsoft Brasil, ressaltou que essa inovação poderia agilizar e reduzir os custos dos financiamentos habitacionais. A Caixa, como líder na concessão de crédito imobiliário no país, pretende influenciar o mercado ao adotar o real digital nas transações, buscando melhorar o atendimento e reduzir os prazos para registro em cartório, que atualmente levam em média 25 dias. O consórcio continua a construir os sistemas que serão acoplados à plataforma de testes criada pelo Banco Central, sendo que produtos e soluções tecnológicas serão desenvolvidos a partir da conclusão desses sistemas. A autoridade monetária iniciará os testes dos sistemas autorizados pelos consórcios em setembro, avaliando a segurança das operações simuladas entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. Os testes com títulos do Tesouro Nacional serão realizados em etapas, com transações simuladas a partir de fevereiro do próximo ano. (Agência Brasil)
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