Morre o ícone da TV brasileira Francisco Cuoco, aos 91 anos

   Faleceu em São Paulo, neste dia 19 de junho de 2025, o ator Francisco Cuoco, aos 91 anos. Reconhecido como um dos maiores galãs da teledramaturgia brasileira, ele marcou gerações com sua elegância e talento. Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, era filho do imigrante italiano Leopoldo Cuoco e de Antonieta. Trabalhou desde cedo auxiliando o pai na feira, conciliando a labuta com os estudos. Inicialmente inclinou-se para o Direito, mas sua vida foi transformada ao ingressar na Escola de Arte Dramática Alfredo Mesquita, onde descobriu sua verdadeira vocação. Estreou no teatro nos anos 1950 e logo se destacou em peças como "O Beijo no Asfalto" e "Boeing Boeing", o que lhe rendeu o prêmio APCA de Melhor Ator. Sua transição para a televisão se deu na TV Tupi, movendo-se depois por várias emissoras até chegar à Rede Globo em 1970, onde viveu momentos de consagração. Emendou sucessos inesquecíveis: “O Cafona” (1971), “Selva de Pedra” (1972), “Pecado Capital” (1975) e “O Astro” (1977), personagens que transbordavam carisma, complexidade e humanidade, reforçando seu prestígio nacional. Sua longevidade artística foi evidente: participou de mais de cem produções na televisão, além de retorno marcante ao teatro a partir de 2002, com montagens como "Três Homens Baixos", "O Último Bolero" e "Deus é Química". Cuoco honrou sua carreira com prêmios, entre os quais APCA, Arte Qualidade Brasil e quatro Troféus Imprensa, consolidando-se como referência na dramaturgia nacional. Nas últimas semanas, Francisco estava internado no Hospital Albert Einstein por complicações relacionadas à idade avançada. Sua família comunicou que a causa exata da morte não foi divulgada; ele estava com 91 anos.