Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão: Cirurgião torácico alerta

APUCARANA - No Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão, o cirurgião torácico, Renato Cazanti, do Hospital da Providência e Hospital Materno Infantil, chama atenção para os riscos da doença e a importância do rastreamento, especialmente entre pessoas que fumam ou já fumaram. Entre os sintomas mais comuns, estão a tosse persistente, dor no peito, falta de ar, escarro com sangue e perda de peso sem causa aparente. De acordo com o cirurgião, o grande desafio está justamente na detecção precoce. Isso acontece porque a doença costuma se desenvolver sem sintomas perceptíveis. “É um câncer ainda letal, que tem um diagnóstico em fases iniciais ainda muito baixo. A doença se inicia de forma silenciosa, e isso faz com que o diagnóstico na maioria das vezes, seja tardio”, afirma. O principal fator de risco segue sendo o tabagismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 85 à 90% dos casos, tem relação com o tabaco, e seu consumo aumenta em até 23 vezes, a chance de desenvolver a doença. Apesar dos desafios, o avanço tecnológico traz esperança. “A facilidade de acesso à tomografia favorece o diagnóstico precoce. Além disso, vem crescendo muito a linha de tratamento do câncer de pulmão. Hoje conseguimos oferecer suporte tanto para melhorar a qualidade de vida quanto para buscar a cura”, diz o cirurgião. O tratamento depende do tipo e estágio da doença, podendo envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapias-alvo e imunoterapia. Com o avanço da medicina, as chances de cura podem chegar a 90% quando a doença é descoberta nas fases iniciais. O especialista recomenda que as pessoas de 50 a 80 anos, que fumam ou já fumaram, procurem uma unidade básica de saúde ou um especialista para realizar acompanhamento, devido a maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer. Para Dr. Renato, o recado é direto: “Vamos buscar acompanhamento médico para que possamos diagnosticar mais precocemente esse tipo de câncer. Caso seja diagnosticado de forma tardia, temos poucos artifícios para o tratamento.”