14/11/2015

TERRORISMO - PARIS

Explosão perto do Stade de France iniciou série de ataques em Paris
O Jornal Nacional fez uma resenha da ação coordenada dos terroristas em Paris que por volta das 21h20, de 13 de novembro, de 2015, uma sexta-feira, deixou 129 mortos e 352 feridos, sendo 99 em estado grave. Era 18h20, no Brasil. Tudo começou às 21h25, quando dois homens atacaram um restaurante e fizeram mais vítimas no restaurante em frente. Eram também 21h25, quando ocorreu a segunda explosão nos arredores do Stade de France. Às 21h32, um homem com uma metralhadora entrou atirando numa pizzaria. Às 21h36, dois homens abriram fogo num bar em uma área boêmia de Paris. Às 21h43, um homem-bomba detonou explosivos num restaurante. Só ele morreu. Às 21h49, quatro terroristas invadiram a casa de show Bataclan, que estava lotada. Foi o local com o maior número de vítimas. Às 21h56, terceira explosão perto do Stade de France. A polícia francesa disse que os três ataques na área foram de homens-bomba. O Stade de France estava lotado. A última vez que França e Alemanha se enfrentaram nesse no estádio tinha sido em fevereiro de 2013. Na sexta-feira (13), entre os torcedores, estava o presidente francês François Hollande. A partida começou às 21h horário de Paris – 18h, horário de Brasília. E transcorria normalmente. Mas aos 16 minutos e 24 segundos do primeiro tempo da partida, uma forte explosão do lado de fora é ouvida. Quem estava no estádio não percebeu que se tratava de uma bomba. A maioria achou que era um rojão. Três minutos depois, a segunda explosão. Essa parecia mais forte. O lateral francês, estranhou. O jogo seguiu normalmente. As imagens da transmissão não mostram, mas as equipes de segurança retiraram às pressas o presidente francês do estádio. Também não apareceu até agora registro do som da terceira explosão. Do lado de fora, um homem que estava perto do local de uma das explosões gravou o desespero com um telefone celular. Outro homem também estava perto do lugar de uma das bombas. Ele ficou ferido. E disse que só não ficou mais machucado porque o celular o protegeu. Quando a partida terminou - com o placar de 2 a 0 pra França - o locutor do estádio avisou o público dos atentados e alertou que parte das saídas estavam interditadas. Grande parte dos espectadores do jogo da França contra a Alemanha quando acabou o jogo foram para o gramado, com medo de sair, porque tinha só uma saída permitida. Quem tentou sair pelos outros lugares do estádio acabou não podendo sair. Houve um momento de pânico. Os policiais mandaram voltar correndo para dentro do estádio e claro o lugar mais amplo pras pessoas ficarem e entenderem o que estava acontecendo e buscarem mais informações pra irem para casa. O brasileiro Givaldo dos Santos, a mulher dele e a filha tentaram sair, mas foram obrigados pela polícia a voltar. E 23h35 foi o horário então que os policiais e a segurança conseguiram retirar quase todo mundo do gramado. As pessoas saíram por um só lado do estádio. Todos os outros lados estavam com a saída fechadas, e a segurança não deixava as pessoas passarem. Aos poucos, o público ainda sem ter a total dimensão dos ataques foi deixando o estádio. No caminho pra casa, na estação do metrô, torcedores cantaram a Marselhesa - o hino nacional da França. (Leia mais no link abaixo)
  QUEM É O ESTADO ISLÂMICO QUE ASSUMIU A AUTORIA: A brutalidade é marca registrada do Estado Islâmico. Um exército de terroristas que controla uma faixa vasta de território no Oriente Médio - e que tem como maior objetivo eliminar quem não pensa como eles.   Em junho de 2014, o mundo foi surpreendido com a notícia de que um grupo extremista havia ocupado Mosul, a segunda maior cidade do Iraque. Era o até então pouco conhecido Estado Islâmico.  Estado porque seu líder, Abu Bakr al- Bagdadi, declarou que as áreas que ocupava na Síria e no Iraque formavam agora um califado, um sistema de governo da época de Maomé, mais de 1,3 mil anos atrás.  Ao fazer uso de uma interpretação muito particular da religião, o Estado Islâmico prega um islamismo distorcido, ultrarradical e totalitário porque quer impor seu modo de pensar a todos os países do mundo. Se diferencia ao usar as redes sociais como nenhum outro grupo terrorista na história. Além de se comunicar em inglês e outras línguas estrangeiras para fazer propaganda e convocar militantes.  O integrantes do Estado Islâmico chocaram o mundo com uma sequência de crimes bárbaros: decapitaram jornalistas, funcionários de agências de ajuda humanitária, reféns estrangeiros e queimaram vivos prisioneiros. Perseguiram minorias religiosas e étnicas. Na primeira grande matança, assassinaram cinco mil homens da comunidade yasidi. As mulheres da comunidade foram estupradas e vendidas como escravas.  O Estado Islâmico é bem armado e age como um exército. As armas são compradas com dinheiro de sequestros, venda de petróleo nas áreas ocupadas e roubos a bancos.  “É bem provável que parte do debate do G-20 comece a se concentrar em como coibir o fluxo de dinheiro pros grupos terroristas de modo a garantir que esses terroristas percam a sua fonte de financiamento e, portanto, não consigam perpetrar ataques dessa magnitude como a gente viu em Paris”, diz Guilherme Casarões, professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas-SP.  O conflito se internacionalizou. Dezenas de países formaram uma aliança para combater o Estado Islâmico, principalmente com bombardeios aéreos. Com isso, o Estado Islâmico perdeu 25% do território que chegou a dominar. Os serviços de inteligência americanos estima que o grupo tenha entre 20 mil e 32 mil combatentes. Mas eles dizem que são mais de 200 mil. São militantes extremistas de vários países que entraram no grupo como voluntários ou forçados.  O Estado Islâmico é difícil de ser combatido. Tanto nas áreas ocupadas no Oriente Médio, como quando pratica atentados terroristas como o da França.  “As estratégias utilizadas, o ataque que remete muito a táticas de guerrilha, de gente que está muito bem treinada nisto. É gente que passou por situações de combate, que sabe tomar um prédio, que sabe se defender contra a reação da polícia, sabe utilizar armas com precisão e mais ainda, além de fazer tudo isso, estão dispostos a morrer”, afirma Salem Nasser, professor de Direito Internacional da FGV-SP..

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