BARRAGENS - Promotor fala sobre barragens no Rio Ivaí

Representante do movimento "Pró Ivaí/Piquiri"que é contra barragens em rios do Paraná, o promotor de Justiça  Dr. Robertson Fonseca de Azevedo, ministrou palestra em Borrazópolis 

ENTREVISTA - Ouça no link de vídeo a fala do Promotor 

           Quem esteve em Borrazópolis, neste dia 02 de junho, de 2016, foi o Dr. Robertson Fonseca de Azevedo, que é promotor de Justiça, da vara de infância, da Comarca de Maringá, com doutorado em ecologia de ambientes aquáticos continentais  e que tem sido um defensor do meio ambiente em todo Paraná. No Vale do Ivaí, ele ficou conhecido após organizar grupos de pessoas, em cada município, para lutar em defesa do Rio Ivaí, principalmente para impedir que barragens (Usinas Hidrelétricas) fossem construídas na região. "Elas não geram emprego, elas não geram renda e servem apenas ao interesse daqueles que querem lucrar com a atividade. Não estamos aqui para dizer quem está certo ou errado, porque existe um mercado neste setor, mas queremos alertar a todos que a bacia do Paraná tem seus rios e afluentes praticamente todos barrados, e não podemos permitir que isso ocorra com o Ivaí e Piquiri, que são os únicos que nos restam", disse Promotor em uma entrevista, ao vivo, na Rádio Nova Era (Vale do Ivaí), para o repórter Ronaldo Alves Senes, o "Berimbau". Em Borrazópolis, ele foi convidado pela Professora Marli Hack, diretora do Colégio Estadual José de Anchieta, ensino de segundo grau, por intermédio da Eliane e o Leandro da Emater, para ministrar uma palestra sobre o tema: "Pró Ivaí/Piquiri", que é um movimento que tem comorado o resultado efetivo de suas atividades na auto-organização das comunidades ameaçadas por barragens, que informadas e auxiliadas pelos "aliados influentes", se mobilizam em proteção de seu patrimônio. O movimento contra o barramento dos rios Ivaí e Piquiri, últimos tributários livres do rio Paraná no estado é uma luta que segue conquistando pessoas, lideranças e todos aqueles que se preocupam com a proteção do meio ambiente. No facebook, existe  uma página do Pró Ivaí/Piquiri", onde todas as informações são divulgadas. Ela (rede social) denúncia que a possível construção de usinas hidrelétricas nos rios Ivaí e Piquiri poderá provocar danos sociais, culturais, econômicos e ambientais irreversíveis para as regiões atingidas. O objetivo da página é discutir, esclarecer dúvidas e informar sobre o andamento do movimento. Em sua Palestra,  em Borrazópolis, ele expôs gráficos, mapas e informações importantes que comprovam os danos que as barragens existentes já provocaram e que elas não são sinônimos de lucratividade, mas sim de atraso e prejuízos ao meio ambiente, as famílias que são expulsas de suas propriedades, muitas se quer conseguem comprar outra com o dinheiro que recebe pela indenização. "Um rio barrado deixa de ser rio, porque rio significa o fluxo da água turva com todos os seus valores e alimentos possibilitando a vida dos peixes. Na suas margens estão os moradores ribeirinhos, os locais belos e históricos e quando barramos o curso da água, o peixe de água doce morre, porque interrompe o curso da água e aquilo vira uma lagoa, e tudo o que tem de belo, fica embaixo d´água", disse o promotor. Para saber um pouco mais, ouça a entrevista que ele concedeu ao "Berimbau", no link de vídeo. BARRAGENS - Apesar dos boatos que na região os projetos de PCHs - Pequenas usinas hidrelétricas estão avançados, o promotor disse que as ações das comunidades tem inviabilizado os projetos e hoje é possível assegurar que, diante desta resistência, as empresas, aparentemente estão perdendo o interesse, e quem ganha com isto é a sociedade.   (Mais fotos no link abaixo)