A Tragédia de Morretes deixou cinco fatais; um bebê sobreviveu e causou mistério; um homem de Apucarana ficou ferido; sonoplasta de Pe. Reginaldo morreu, e o que diz o motorista do caminhão que explodiu
COMO FOI - Um caminhão-tanque carregado de combustível, que seguia sentido Paranaguá, perdeu os freios e tombou no quilômetro 33 da BR-277, perto de Morretes, no Litoral do Paraná, por volta das 18h30 deste domingo (3 de julho). A carga explodiu e, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), cinco pessoas morreram, 12 veículos envolvidos; e vários feridos. CINCO FATAIS - As cinco vítimas são: o sonoplasta Anderson Cunha, de 43 anos, o filho dele, Gabriel, de 12 anos, e a namorada de Anderson, Ana Caroline Novacoski, de 35, estavam no mesmo carro. Faleceu ainda Luís Carlos da Silva, o pai do bebê, que foi entregue por ele a um outro motorista; Luís estava em chamas. Morreu também a mãe, do Bebê, seu corpo foi encontrado no início da noite desta segunda-feira, dia 04 de julho, por Bombeiros em Morretes. PADRE MANZOTTI LAMENTA Como dissemos, Anderson Luiz Cunha, 43 anos, sonoplasta do Padre Reginaldo Manzotti, da rede Evangelizar; o filho dele, Gabriel Cunha, de 13 anos, e a namorada, morreram quando o carro pegou fogo ao ser atingido pelo caminhão-tanque. Os três tinham saído de Curitiba pela manhã para passar o dia em Morretes e voltavam para a capital, por volta das 18h30. Em nota, o mentor da Associação Evangelizar é Preciso, o padre Reginaldo Manzotti lamentou a morte de Anderson Luiz Cunha. A vítima trabalhava como técnico de som para a entidade religiosa há seis anos. “ Com muito pesar recebemos a notícia do falecimento do nosso colaborador Anderson Luiz Cunha e seu filho Gabriel Cunha, que há 6 anos, trabalhava como técnico de áudio na TV. Neste momento de dor e luto que a força da Ressurreição seja o consolo dos familiares e amigos que hoje choram a perda de um ente querido, como nós da Associação Evangelizar é Preciso”, declarou o padre em nota que foi encaminhada por sua assessoria de imprensa. VÍTIMA DE APUCARANA - Entre as vítimas está Pedro Idalgo, morador de Apucarana, ele estava sozinho, supostamente em uma motocicleta, quando ocorreu o acidente grave. O veículo de Pedro, era um dos 12 envolvidos na ocorrência. Amigos da família informaram que ele teve mais de 50% de queimadura no corpo, e seria transferido da região de Morretes, para um Hospital de Curitiba. No momento do acidente, ele seguia para uma pescaria na região litoral. Amigos, que também tinham o mesmo destino, estavam em um outro carro e conseguiram se livrar do trágico acidente. O QUE DIZ O MOTORISTA- Segundo o Site da Rádio Banda B, a equipe conversou na tarde desta segunda-feira, 04 de julho, com o delegado Antônio César Monteiro, da Delegacia de Morretes. Ele contou detalhes do depoimento do motorista do caminhão, de primeiro nome José, de 43 anos, causador da tragédia que matou quatro pessoas na tarde de ontem (3) na BR-277. “Após a oitiva sobre a dinâmica do acidente, cheguei a conclusão que ele praticou, em tese, o crime de homicídio com dolo eventual. Ele não quis cometer o crime, mas assumiu o risco”, iniciou o delegado. Em seguida, Monteiro explicou o motivo do caminhoneiro ter assumido o risco. “Ele disse que sentiu que o freio começou a falhar na descida da Serra do Mar, mas, ainda assim, continuou a viagem. Pelo relato, dois quilômetros antes do choque ele não tinha mais controle do caminhão, que ficou desgovernado, até que teve esse atrito contra a mureta por vários metros, quando desacoplou e invadiu a pista contrária”, completou o policial civil. O delegado falou também sobre a postura do motorista durante o interrogatório. “Ele estava visivelmente abalado, porque durante o interrogatório já sabia que três pessoas morreram e depois mais uma. Estava muito abalado pela dinâmica em que tudo aconteceu”, concluiu.
Família identifica bebê encontrada em acidente na BR-277; mãe foi encontrada morta e é a quinta vítima fatal
Segundo o Jornal Nacional, a Bebê mão foi jogada na vegetação, e sim entregue pelo pai em chamas. Uma testemunha contou que recebeu a menina Maria Fernanda dos braços do pai dela. Quando parou o carro na beira da estrada, o dentista Sergio Schacht só pensava em se proteger do fogo que começava a se espalhar pela pista. Ao buscar abrigo numa valeta às margens da BR-277, a 50 km de Curitiba, não imaginava que ajudaria a salvar uma vida. Um homem com queimadura se aproximou dele, carregando uma criança. "Ele veio, eu peguei o bebê, ele ‘esmoreceu’. Eu peguei o bebê já embaixo dele assim e subi. Quando eu subi cinco, seis passos pra cima, aquilo fez um barulho e subiu o fogo ali. E depois começou a subir cada vez mais e explodir as coisas", conta Sergio Schacht. Com o bebê no colo e as chamas se aproximando, Sérgio correu para um matagal. Ele disse que não viu mais o homem que entregou a criança. “A criança ficou no meu colo direto, até o bombeiro chegar, e entreguei a criança para o bombeiro”, afirma o dentista. No acidente, um caminhão carregado com 44 mil litros de álcool tombou. O caminhoneiro disse em depoimento que a carreta ficou sem freios. O tanque explodiu, incendiando mais oito carros. Cinco pessoas morreram. O sonoplasta Anderson Cunha, de 43 anos, o filho dele, Gabriel, de 12 anos, e a namorada de Anderson, Ana Caroline Novacoski, de 35, estavam no mesmo carro. Outro corpo foi encontrado carbonizado na galeria próxima à rodovia. À tarde, um tio identificou no IML que o corpo é de Luís Carlos da Silva, o pai do bebê que Sérgio ajudou a salvar. O bebê foi levado para um hospital de Curitiba. É uma menina que passou por exames e, segundo os médicos, não teve nenhum ferimento. À tarde, uma mulher que se identificou como sendo a avó procurou o hospital e falou que a criança tem apenas 17 dias e que o nome dela é Maria Fernanda. "Apareceu uma senhora se dizendo ser avó da criança. Esta criança tinha umas manchas de nascimento que só quem conhecesse poderia identificar. A avó descreveu certinho estas lesões, então confirmou que ela conhecia o bebê", diz o diretor do Hospital Evangélico, Gilberto Pascolat. A mulher, que não quis aparecer, disse também aos médicos que a filha dela, a mãe do bebê, estava junto no carro. O corpo de Caroline Fernanda Martins foi encontrada no início da noite. Ainda em choque, Sérgio só tem uma palavra pra definir o que aconteceu em meio à tragédia: "Deus coloca você na hora certa. Eu tenho certeza que isso foi um milagre".
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