23/09/2016

REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Governo assina medida provisória com mudanças no ensino médio. As novas propostas causam polêmica 
O governo assinou uma medida provisória com mudanças para o ensino médio, como o aumento da carga horária e o fim da obrigatoriedade da educação física e das aulas de arte.   Hoje são treze matérias obrigatórias no ensino médio.  A reforma no ensino médio está em debate desde 2010, assim como a crise na educação. Mas a gota d'água foi o resultado do Ideb, que não só confirmou a estagnação do ensino médio, como a piora dos alunos em matemática. Daí a urgência da reforma do ensino médio.  “Um milhão e setecentos mil jovens hoje que nem trabalham nem estudam; ou a gente adapta esse ensino médio ao que acontece, aconteceu no mundo todo, ou a gente vai ficar cada vez mais distante de nos tornarmos um país digno, decente e equilibrado socialmente e educacionalmente”, declarou o ministro da Educação, Mendonça Filho.  O eixo da reforma será uma base curricular comum para todo o país. Metade com o conteúdo obrigatório. Matemática, português e inglês já estão determinados na medida provisória. Pelo texto, arte e educação física são obrigatórias apenas na educação infantil e no ensino fundamental. Espanhol, hoje obrigatório no ensino médio, também passaria a ser optativo. Mas o Ministério da Educação garantiu que tudo isso ainda será decidido com os governos estaduais. A outra metade do conteúdo será de livre escolha do aluno: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou, então, ensino técnico profissionalizante. A carga horária também deverá aumentar de 800 para 1.400 horas anuais, mas o ensino integral será adotado aos poucos. O presidente Michel Temer garantiu que não faltará recurso para o novo ensino médio. A presidente do movimento Todos Pela Educação esperava uma reforma mais profunda, mas reconhece que a educação não pode mais esperar.  “Esse caminho da MP não é o melhor caminho, mas dá para fazer dessa situação uma situação melhor, se os estados, a partir dessa implementação, também fizerem o seu trabalho de debate interno com os professores, com as suas redes”, avalia Priscila Cruz.  Viviane Senna, do Instituto Ayrton Senna, disse que esse é só um primeiro passo. “Nós perdemos 50% dos jovens durante o ensino médio e parte da razão, uma grande parte é a falta de engajamento. Se você tem uma escola que lhe dá opções de escolha, e de fato boa qualidade no preparo, esse jovem fica. Todo plano começa com um bom primeiro passo. Eu acho que o desafio maior é a questão da execução”, afirma Viviane.

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