15/02/2017

EDUCAÇÃO - Ano Letivo começa com embate entre App e Governo

Educadores prometem aulas mais curtas e outros protestos dentro das escolas, mas a Secretaria de Educação diz que não vai aceitar atividades estranhas aos temas curriculares  
        O ano letivo, no Paraná, começou em clima tenso por causa da queda de braço entre Governo do Paraná e Professores. Os educadores prometem greve após 30 dias aulas e acusam Beto Richa de atacar direitos adquiridos por causa da resolução que promoveu mudanças na distribuição de aulas. Em seu site, a APP-Sindicato divulgou a seguinte mensagem: "Neste dia 15 de fevereiro, uma mobilização da categoria, unida e na luta, vai marcar a contradição imposta pelo governo do Estado, com a prática da “Resolução da Maldade” (Resolução 113/2017), estabelecendo critérios aleatórios quanto à hora-atividade e distribuição de aulas. Atenção para a chamada ao primeiro dia de aula e da “Hora-atividade Legal”, momento em que os educadores vão desenvolver junto aos estudantes, tarefas interativas para explicar a real situação vivida na rede pública com as “invenções” governamentais. Será um momento importante para dar boas-vindas aos alunos e iniciar o período contextualizando a educação paranaense. Será uma maneira educativa com o objetivo de mostrar que a lei existe e que deve ser cumprida". A nota segue dizendo: "Beto Richa (PSDB) e sua equipe não querem cumprir a legislação, mas, a categoria educacional vai cumprir. Mãos à obra! Assim, nesta quarta, conforme o calendário das mobilizações estabelecido na Assembleia da APP, no último sábado (11), em Maringá, as aulas serão de 30 minutos e as últimas duas aulas serão destinadas aos debates, confecção de cartazes e ações para protestar pela falta de atenção ao ensino público. Para o ano letivo de 2017, cada docente perde o equivalente a duas aulas por semana, a cada turno de 20 horas, com a publicação da Resolução 113/2017. Esse cálculo é básico, a matemática é exata, e o resultado mostra exatamente o tempo roubado dos(as) professores(as) com a alteração na distribuição de aulas", diz a APP-Sindicato. A Secretaria de Estado da Educação, também divulgou uma nota, em forma de alerta, dizendo que não aceitará atividades estranhas aos temas curriculares nas escolas ao invés do cumprimento dos conteúdos da matriz curricular, aos quais os alunos têm direito. “Conforme o sindicato dos professores tem divulgado amplamente desde sua assembleia, no sábado (11 de fevereiro), a categoria pretende fazer aulas em frente à escola, com cunho de protesto e alheio ao conteúdo curricular. Isso não podemos aceitar, pois os estudantes têm direito, todos os dias, a cinco aulas de 50 minutos”, disse a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres. “Os alunos não devem ficar fora do espaço escolar em atividades diferentes das disciplinas, pois no período em que estão na escola eles ficam sob a responsabilidade do Estado e os nossos diretores serão cobrados em relação a isso”, acrescentou Ana Seres. “Se forem feitas aulas de apenas trinta minutos, os estudantes é que serão prejudicados, pois faltarão cem minutos de aula e haverá dificuldade em se cumprir as 800 horas/aula previstas em lei”, observou a secretária. “Portanto, estamos orientando que seja lançada falta para quem não cumprir sua carga horária. Lembro ainda aos diretores que eles são responsáveis pelos alunos no período de aulas e por garantir aos professores que assim quiserem o direito de dar a aula de 50 minutos”, destacou. Mesmo que haja proposta de reposição posterior, os prefeitos já comunicaram a Secretaria da Educação que não terão condições de oferecer o serviço de transporte em período extraordinário, devido a restrições orçamentárias. “Esse é mais um complicador que pode prejudicar muito nossos alunos”, frisou Ana Seres. Ela reiterou que, conforme já anunciado, as faltas dos professores serão lançadas para quem não comparecer ao trabalho, seguindo orientação da Casa Civil e da Procuradoria Geral do Estado. No último sábado (11), a categoria deliberou por greve a partir do dia 15 de março e uma série de mobilizações que incluem “aulas públicas em frente às escolas”. A secretária lembra que após as duas greves a Ouvidoria da Secretaria da Educação recebeu reclamações de estudantes e pais descontentes com doutrinação em sala de aula.

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