01/04/2017

PARAGUAI - Mais detalhes do protesto que resultou em morte

Ponte da Amizade foi fechada e jovem morreu na sede de partido da oposição durante manifestação em Assunção
Repercutiu na imprensa internacional os manifestos no Paraguai. Na manhã de sábado, 01 de abril, os protestantes fecharam a Ponte da Amizade após o Senado do Paraguai aprovar a reeleição do presidente Horácio Cartes. A via é o principal caminho entre o Brasil e o país vizinho, ligando Foz do Iguaçu a Ciudad del Este. Logo em seguida a Polícia Rodoviária Federal, informou que naquele momento não havia previsão para a liberação da ponte. Uma série de protestos foi registrada em Assunção, capital do Paraguai, nesta sexta-feira. Um grupo invadiu e incendiou o Congresso após os parlamentares regulamentarem a reeleição no país. O confronto entre os manifestantes e a polícia deixou ao menos 12 feridos por balas de borracha e golpes de cassetete. O presidente do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Efraín Alegre, informou neste sábado (1º) à imprensa local que um jovem morreu após ser baleado por policiais na sede do partido, em Assunção, para aonde se refugiou durante os distúrbios após os protestos contra a reeleição presidencial no Paraguai. Alegre disse que a polícia invadiu "de forma bárbara" a sede, no centro de Assunção, e disparou contra os manifestantes que estavam no interior, alguns dos quais ficaram feridos gravemente. Entre estes manifestantes estava um jovem militante liberal que, segundo Alegre, foi transferido para um hospital, onde faleceu. Efraín Alegre lidera a oposição à emenda constitucional para permitir a reeleição presidencial no Paraguai, responsável pelos protestos de sexta-feira em Assunção, que terminaram com distúrbios no centro da capital, além do incêndio de parte do Congresso nacional. Os incidentes começaram depois que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado, Roberto Acevedo. Os protestos mais violentos tiveram início na tarde de sexta (31), na Praça de Armas, ao lado do Congresso paraguaio, edifício atacado pelos manifestantes. Os bombeiros controlaram as chamas do Congresso, local que teve grandes danos materiais, e em seguida, os manifestantes foram para as imediações do Panteão Nacional dos Heróis, também no centro histórico da capital paraguaia. O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de 2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente paraguaio possa fazer o mesmo. Vale ressaltar que a atual Constituição paraguaia proíbe a reeleição presidencial.

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