Polícia Federal prende integrante do PCC que pretendiam executar moro

A Polícia Federal desarticulou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) que visava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e sequestros com extorsão. Entre os alvos estava o ex-juiz e deputado federal Sergio Moro, responsável pela transferência para penitenciárias federais de líderes da facção criminosa quando era ministro da Justiça. A operação resultou na prisão de nove pessoas em São Paulo, sendo seis homens e três mulheres, além da apreensão de joias, dinheiro em espécie, celulares, uma moto e um carro de luxo. Outros dois suspeitos são procurados no Paraná. Ao todo, foram expedidos sete mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. Segundo a investigação, o PCC tinha olheiros para monitorar a casa de Sergio Moro, sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro, e filhos, além do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga a facção desde os anos 2000. Pelo menos dez criminosos se revezavam no monitoramento, que aconteceria também em viagens fora do estado, para as quais foram alugadas chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. Forças de inteligência já apuravam ameaças contra Moro desde janeiro, e em fevereiro o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, autorizou o emprego de escolta da Polícia Legislativa em agendas e viagens do ex-juiz. O ministro da Justiça, Flávio Dino, ressaltou que a operação da Polícia Federal teve como objetivo proteger a vida de Moro, adversário político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas negou qualquer relação com a fala de Lula, na qual ele revelou o desejo de se vingar de Moro na prisão.