Nesta terça-feira (17 de junho), a Polícia Federal prendeu dois suspeitos de envolvimento no esquema de descontos ilegais em benefícios pagos pelo INSS. Um dos investigados foi detido em Aracaju e o outro em Umbaúba, interior de Sergipe. Ambos estão com prisão temporária e prestam depoimento na superintendência da PF. Além das prisões, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em imóveis de Aracaju, Umbaúba e Cristianópolis. A operação resultou na apreensão de R$ 35 mil em dinheiro, R$ 68 mil em cheques e no sequestro de cinco imóveis avaliados em aproximadamente R$ 12 milhões. A ação tem como objetivo recuperar bens e avançar nas investigações sobre os descontos indevidos, buscando a recomposição do erário e a responsabilização dos envolvidos. O esquema foi revelado em abril deste ano, durante a Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Na primeira fase, houve seis prisões e mais de 200 mandados de busca em diversos estados, além do bloqueio de R$ 1 bilhão em bens. A fraude envolvia o desconto de mensalidades associativas não autorizadas em aposentadorias e pensões do Regime Geral da Previdência Social. Esses descontos são permitidos por lei desde 1991, beneficiando entidades de classe e associações, mas o volume de recursos movimentados aumentou exponencialmente nos últimos anos. Dados mostram que, em 2016, os descontos associativos somaram R$ 413 milhões, saltando para R$ 2,8 bilhões em 2024. Até o momento, mais de 3,38 milhões de beneficiários consultaram o INSS sobre os descontos. Destes, cerca de 97,3% afirmaram não ter autorizado as deduções. A CGU apontou fragilidades nos controles do INSS sobre os descontos e recomendou o fim da cobrança direta para essas entidades. (Por Agência Brasil)
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