Em um movimento sem precedentes na relação bilateral, os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (30 de julho) sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e, simultaneamente, impuseram uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. As medidas, segundo o governo norte-americano, foram motivadas por violações à liberdade de expressão, perseguições políticas e impactos negativos à economia e aos interesses dos EUA. A sanção contra Moraes foi aplicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), vinculado ao Departamento do Tesouro dos EUA, com base na Lei Magnitsky, legislação que permite punir estrangeiros envolvidos em graves violações de direitos humanos. De acordo com o Tesouro americano, Moraes é acusado de autorizar prisões arbitrárias, promover censura e conduzir processos politizados — incluindo investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Moraes é responsável por uma campanha opressiva contra a liberdade de expressão, detendo arbitrariamente cidadãos e usando seu cargo para intimidar adversários políticos. Ele violou direitos fundamentais de brasileiros e até mesmo de cidadãos americanos ao interferir em plataformas de mídia social dos EUA. Continuaremos responsabilizando aqueles que ameaçam nossas liberdades e interesses”, afirmou o Secretário do Tesouro, Scott Bessent. A nota da OFAC menciona que o ministro teria ordenado prisões preventivas sem acusação formal, além de ter mandado deter jornalistas e usuários de redes sociais por se manifestarem. Contudo, os episódios específicos não foram detalhados no comunicado. Além da sanção individual, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que estabelece uma tarifa de 50% sobre todos os produtos de origem brasileira. A medida, classificada como resposta a uma “emergência nacional”, entra em vigor no próximo dia 6 de agosto. Segundo o documento, o governo brasileiro estaria adotando “ações incomuns e extraordinárias” que prejudicam empresas americanas e colocam em risco os princípios da liberdade de expressão e da política externa dos EUA. A ordem executiva menciona ainda o que considera “perseguição, censura e intimidação” contra opositores políticos no Brasil, com destaque para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Casa Branca também emitiu alertas aos “cúmplices” de Moraes, sugerindo que outras figuras públicas ou autoridades brasileiras poderiam ser alvos de sanções semelhantes. Enquanto isso, a Câmara Americana de Comércio (US Chamber) já pediu oficialmente à Casa Branca que reconsidere o tarifaço, alertando para seus efeitos sobre empresas e consumidores nos dois países. Alguns produtos ficaram fora da tarifação, entre eles, suco de laranja, combustíveis, veículos, peças de avião e alguns tipos de metais e madeira. As informações tem como fonte: Agência Brasil, G1 e CNN Brasil.
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