A Câmara Municipal de Mauá da Serra já desembolsou quase R$ 300 mil em diárias somente neste ano de 2025. Os registros mostram uma rotina de viagens de vereadores e assessores para diferentes cidades do Paraná e até para outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal . Grande parte dos gastos está ligada à participação em cursos e palestras sobre administração pública, licitações e emendas parlamentares. No entanto, chama a atenção o fato de que muitos desses conteúdos já são disponibilizados de forma gratuita pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e até mesmo em formato online, o que dispensaria o deslocamento físico. Ainda assim, vereadores seguem optando por se ausentar do município, acumulando diárias que variam de R$ 375 a quase R$ 1.000 por dia . Outro ponto polêmico é a frequência de viagens para “tratar de assuntos do interesse da municipalidade” em gabinetes de deputados estaduais e federais. Muitas dessas agendas acabam sendo transformadas em fotos e postagens em redes sociais, servindo mais como material de promoção pessoal do que como ações concretas em benefício da população. Vale destacar que as diárias funcionam como um pagamento extra além do subsídio mensal dos vereadores. Na prática, cada deslocamento gera valores significativos que se somam à folha de pagamento, o que levanta críticas sobre o real retorno desse investimento para os cidadãos de Mauá da Serra. A soma que já se aproxima de R$ 300 mil poderia ser revertida em melhorias diretas para a comunidade, como investimentos em saúde, educação ou infraestrutura. Diante desse cenário, cresce a cobrança por mais transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos, já que a Câmara tem recorrido de forma excessiva a um instrumento que deveria ser exceção, e não rotina. Vale ressaltar que essa não é uma exclusividade de Mauá. Já recebemos denúncias de várias cidades da região e vamos continuar fiscalizando. Salientamentos ainda que, em 2024, a Câmara anterior também gastou 283.875,00 em apenas um ano, revelando que tal prática se tornou comum, o que é lamentável para o cidadão. RESPOSTA - O Presidente da Câmara, Luciano Roberto Pinto, o "Faísca" do PP, que está há dois meses a frente da casa, disse que não vê problemas: "Mudou a política, os vereadores têm conseguindo convênios junto aos deputados, e vamos muito para Curitiba". Sobre os "cursinhos", afirmou que vai conversar o jurídico e fazer uma nota de esclarecimento. EXEMPLO - Há alguns municípios, que os vereadores também buscam recursos, visitam parlamentares e até fazem curso, mas sem promover a "Farra das Diárias". É o caso de Borrazópolis, pouco mais de dez mil foram gastos em nove meses. Estamos de olho e vamos continuar acompanhando.
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