O Hospital Regional de Ivaiporã (HRIV), unidade pertencente à Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), realizou a primeira captação múltipla de órgãos e tecidos para transplantes. Esse foi o primeiro protocolo de morte encefálica na unidade, situada no Vale do Ivaí. O procedimento aconteceu na madrugada de sexta-feira (31).
A captação foi possível com o auxílio e o comprometimento da equipe multiprofissional do hospital e o apoio da Organização de Procura de Órgãos (OPO), da Macro Norte de Londrina. A OPO pertence à Central Estadual de Transplantes, da Sesa.
“A ação só foi possível com o empenho das equipes envolvidas, que são qualificadas e dedicadas, conduzindo cada etapa com ética, sensibilidade e profundo respeito por todos os envolvidos”, enfatizou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
A realização do procedimento possibilitou a doação de rins e córneas. Somente após o gesto de generosidade da família de uma paciente de 45 anos é que foi iniciado o processo de captação. A autorização familiar, indispensável para esse tipo de procedimento, foi concedida após a confirmação da morte encefálica, determinada conforme os protocolos previstos em lei. Quatro pessoas serão beneficiadas.
"Médicos, enfermeiros e equipes assistenciais não mediram esforços para que tudo fosse realizado dentro de todos os prazos e protocolos", afirmou o secretário. PROCESSO DE CAPTAÇÃO – Após todas as etapas do diagnóstico e a confirmação da morte encefálica, a equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) faz o acolhimento e a entrevista com a família. Neste caso do Hospital de Ivaiporã, essa etapa de acolhimento e entrevista ocorreu com o apoio da OPO de Londrina.
Diante da dor da perda, as famílias são acolhidas por uma equipe multidisciplinar do hospital, composta por profissionais médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos, equipe de enfermagem e de outros setores essenciais. Esse apoio é fundamental para que o processo de doação se concretize de forma respeitosa e transparente.
Para Ana Angélica Deniz, enfermeira coordenadora da UTI do Hospital Regional de Ivaiporã, essa primeira captação foi um marco, uma experiência única. “O que a gente viveu essa noite, com toda a nossa equipe envolvida, todos os profissionais da assistência, foi único. Só temos a agradecer porque é resultado do trabalho de toda uma equipe”, disse. “Agradecer especialmente à família porque, mesmo em meio ao luto, pode trazer a esperança para tantas pessoas que estão aguardando numa fila de espera”.
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