GAZETA DO POVO
Tucano acusou o pedetista de ter apoiado as privatizações. O candidato do PDT rebateu chamando o concorrente do PSDB de “filho político” de Jaime LernerPela primeira vez desde o início da ca
mpanha eleitoral, os dois principais candidatos ao governo do Paraná se confrontaram diretamente ao vivo na televisão. Ontem, no debate realizado pela Rede Massa (SBT), Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) aproveitaram a possibilidade de fazerem perguntas entre si para trocar farpas e se acusar mutuamente sobre diversos assuntos. Diante da aproximação entre eles nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta semana, a discussão de propostas de governo praticamente inexistiu, dando lugar a um bate-boca que marcou quase todo o encontro. Também participaram do debate os candidatos Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergmann (PSol). Richa acusou Osmar de fazer uma aliança de conveniência com o ex-governador Roberto Requião (PMDB), que foi adversário do pedetista na última eleição para o governo do estado. O tucano também citou o fato de Osmar ter feito uma consulta formal ao diretório nacional do PDT, em junho, para ser candidato ao Senado na chapa tucana, o que demonstraria a incoerência do pedetista. Por fim, Richa ainda criticou Osmar por tentar fazer “pegadinhas” durante o debate e o acusou de ter votado a favor da privatização de diversos setores enquanto esteve no Senado. Já Osmar disse que Richa está tentando confundir o eleitor ao copiar propostas de campanha e programas iniciados por Requião e pelo presidente Lula. Na sequência, o pedetista negou ser a favor das privatizações e afirmou que foi o tucano quem votou pela venda do Banestado e que ainda teria tentado fazer o mesmo com a Copel e com a Sanepar. O senador ainda chamou o adversário de “filho político” de Jaime Lerner, o que não teria sido, segundo Osmar, suficiente para ensiná-lo a ser prefeito. O clima esquentou bastante no terceiro bloco, quando os candidatos puderam escolher a quem fariam perguntas. Ao questionar Richa sobre a federalização de rodovias paranaenses, Osmar foi acusado de tentar fazer uma “pegadinha” com o adversário. Dizendo que uma eleição não pode ser transformada em gincana, o tucano acusou Osmar de ser “biruta de aeroporto conforme conveniências pessoais”, quando, pouco antes das convenções partidárias, teria garantido que não sairia candidato a governador “em hipótese alguma”. “Meu Deus, como você mudou. Fizemos uma consulta ao diretório nacional e ficou decidido que eu só poderia ser cabeça de chapa em uma eventual coligação”, rebateu Osmar. “O senhor que não cumpriu a promessa de ficar na prefeitura de Curitiba e despencou pelo estado por vaidade pessoal como se fosse brincadeira se eleger prefeito.” Em seguida, o senador disse que o tucano estaria copiando suas propostas de campanha nos últimos dias e afirmou que “quem entende de privatização é meu adversário”. A declaração foi uma resposta à acusação de Richa de que ele teria votado a favor da privatização da telecomunicação e de outros setores no Senado. “Tudo que tiver de bom vou continuar e ampliar. O senhor votou sim pela privatização e fez uma pegadona no bolso do trabalhador, quando votou contra uma multa de 40% sobre o saldo do FGTS no Senado”, devolveu Richa.
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