01/01/2015

ARTIGO - Dom Celso Antonio Marchiori, de Apucarana

Feliz Ano Novo!
“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” (Jo 14, 27)
Apucarana, 01 de janeiro de 2015
Feliz Ano Novo! Essa é a saudação que usamos nos primeiros dias do ano. Desejamos a todos que sejam felizes durante o ano todo. De fato, todos buscamos a felicidade, todos queremos ser felizes. Nosso Senhor, no início do Evangelho de São Mateus, exatamente no capítulo 5, no Sermão da Montanha, ele nos dá uma segura direção para sermos felizes de verdade. São as Bem-Aventuranças. O que Jesus nos propõe neste sermão para sermos felizes? Que nos despojemos de tudo o que nos afasta do verdadeiro Bem. Que usemos de mansidão, pratiquemos a justiça e a misericórdia, sejamos puros de coração, que busquemos a paz e nos alegremos nas perseguições e dificuldades que nos impedem de viver na liberdade dos filhos de Deus. Justamente, quando nos pomos de prontidão para vivenciarmos essas propostas, sem dúvidas, podemos nos sentir muito e verdadeiramente felizes. Somente em Cristo encontramos o que nos satisfaz; somente Cristo é nossa paz.  O primeiro dia do ano é o Dia Mundial da Paz que, inicialmente, era chamado de Dia da Paz. Esse dia foi criado pelo Beato Papa Paulo VI. Em 1967, ele enviou uma mensagem, datada do dia 8 de dezembro, onde propunha que esse dia fosse celebrado sempre no primeiro dia do ano civil. Isso começou a se realizar no dia 1 de janeiro de 1968, e que perdura até os dias de hoje.  A paz é o conteúdo deste ano todo que iniciou no primeiro Domingo do Advento, dia 30 de novembro e que se estenderá até o Natal de 2015. Portanto, no ano do Jubileu áureo de nossa Diocese de Apucarana, somos também motivados a viver o Ano da Paz. Certamente, esse Ano da Paz nos ajudará na superação da violência e nos despertará para uma convivência mais respeitosa e fraterna entre nós. De fato, estamos vivendo dias de muita violência. Faltam os valores éticos no relacionamento entre as pessoas. Sim, falta a paz porque se despreza os valores vitais como a família, a escola, o trabalho e a dignidade de cada pessoa. Segundo o Papa Francisco, a paz não vem enquanto encontramos “pessoas obrigadas a prostituírem-se, entre as quais muitos menores, como também escravas e escravos sexuais, mulheres forçadas a casar-se, quer as que são vendidas para casamento quer as que são deixadas em sucessão a um familiar por morte do marido, sem que tenham o direito de dar ou não o próprio consentimento”. A paz será apenas um sonho enquanto menores e adultos são objetos de tráfico e comercialização para remoção de órgãos, ou para serem recrutados como soldados, para servirem de pedintes, para atividades ilegais como a produção ou venda de drogas, ou para formas disfarçadas de adoção internacional”.  Ao desejarmos aos outros um Feliz Ano Novo, estamos nos comprometendo em construir um mundo novo, onde reinarão a paz e a alegria no coração de todas as mulheres e de todos os homens? Que neste ano da paz, sobretudo na família e nas comunidades eclesiais, nas escolas e instituições de promoção humana, todos nos empenhemos em cultivar um ambiente de paz.  Em cada celebração da Missa rezamos pela paz antes da Comunhão. Rezemos também em família, especialmente através do Rosário e da Leitura Orante da Palavra de Deus. Aproveitando das estruturas de nossa diocese, diaconias, grupos de vivência, grupos ambientais, grupos de oração e de outras iniciativas pastorais, fortaleçamos os laços da paz e de fraternidade entre nós. Tenhamos essa esperança de que a paz será fruto de corações evangelizados e convertidos, de corações renovados na força do divino amor. Daí a importância das Santas Missões Populares que vamos iniciar neste ano de 2015, onde marcaremos com selo de ouro o Jubileu de nossa Diocese, cujas celebrações já foram iniciadas. Com nossa ação missionária vamos levar a força transformadora do Evangelho a todas as famílias que fazem parte deste extenso território diocesano. Com o nosso testemunho cristão, vamos favorecer um ambiente de paz em nossos relacionamentos familiares, eclesiais e em toda a sociedade. Guardando a Palavra de Deus no coração, como fez Maria, Mãe de Jesus, caminhemos pressurosos ao encontro dos irmãos e irmãs para lhes anunciar a boa notícia de Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Ele é a nossa paz, nossa esperança e nossa alegria. 
(Artigo escrito por  Dom Celso Antônio Marchiori,  Bispo Diocesano)

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