O advogado Moisés Pessuti fala sobre a campanha eleitoral 2016, com foco para a divulgação nas redes sociais
VÍDEO - Ouça a entrevista com o advogado Orlando Moisés Fischer Pessuti
Quem esteve ao vivo nos Estúdios da Rádio Nova Era,Vale do Ivaí (região de Ivaiporã -PR), foi o advogado Orlando Moisés Fischer Pessuti, que é pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral (2010). Além de ser membro ativo e Secretário da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração da OAB/PR, Membro fundador e atual Secretário do IPRADE - Instituto de Direito Eleitoral do Paraná, membro fundador do IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Político e filho do ex-governador Orlando Pessuti. Ele falou sobre a campanha eleitoral tímida, pouco vista nas Ruas, por isso focamos mais a questão da propaganda nas redes sociais. Clique no link de vídeo, vale a pena ouvir. Lembramos também que um artigo publicado pelo site josemilagre.jusbrasil.com.br, retrata bem o tema do nosso "bate-papo" com Moisés. Diz que a internet começou a ser utilizada timidamente na campanha eleitoral de 2008. Uma série de restrições impossibilitavam o uso da rede, certamente impostas pelos próprios parlamentares, receosos de como seria esta experiência. Propaganda só em site “. Can. Br”. O tempo passou e o TSE começou ampliar as formas pelas quais a campanha web se desenvolve, na mesma proporção em que reduzia as possibilidades da campanha convencional, influenciado por eleitores e cidadãos cansados da poluição visual e sonora, sem contar o lixo gerado nas campanhas. Proibiu os comícios, depois liberou os comícios, extinguiu os “showmícios”, limitou a centimetragem dos adesivos, extinguiu outdoor, limitou os cavaletes, limitou a contratação de cabos eleitorais, diminuiu as medidas das faixas e banners e agora está rígido em relação ao “despejo de santinhos” em locais de votação. Em contrapartida, as possibilidades para uso da Internet como principal plataforma de campanha só crescem. O que até 2012 era visto como meio de “campanha complementar” em 2014 demonstrou ter sido uma das principais fontes de influência na decisão de voto e de acirrados debates políticos. Pesquisa Datafolha em 2014 demonstrava que 39% dos eleitores pesquisados foram influenciados pela Internet na hora de decidir sobre o candidato a votar. 19% disseram que a internet influenciou muito. Para 2016 a internet será fundamental e estratégica. A reforma eleitoral de 2015 acabou com a possibilidade das doações por pessoas jurídicas. Além disso, candidatos a vereador e prefeito terão limites máximos de gastos e tudo deverá ser comunicado via internet ao site do TSE. Aperta-se o cerco em relação ao financiamento de campanha. Não bastasse, o tempo de campanha está menor. O que eram três meses fora reduzido à 45 dias, menos ainda, quando tratamos de espaço em rádio e TV. Ou seja, é na internet que encontramos a tábua de salvação, não só para aqueles que tem menos recursos, mas para aqueles que desejam compensar as limitações de propaganda de outros meios. Em um país que é sempre o topo em uso de redes sociais, em horas conectadas e que também se informa por tais redes, desprezar a força da campanha web é dar um tiro no pé. Sem contar que a geração Y (até 29 anos) e Z (até 19 anos) votam, e são altamente influenciadas pelas questões trabalhadas na web. A propaganda na internet continua liberada por meio de sites do partido ou candidato, mensagens eletrônicas, incluindo WhatsApp, blogs, redes sociais e sítios de mensagens instantâneas. Lembrando que na Internet não se admite propaganda paga ou pagamento para impulsionar curtidas, abrangência das postagens ou seguidores (nada impedindo o patrocínio antes do período eleitoral). Toda a mensagem deverá dispor de mecanismo que permita o eleitor se descadastrar e não mais receber.
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