23/08/2016

INJUSTIÇA - Um ano após a morte do "Nelson da Saúde - Borrazópolis

Faz um ano que o agente de saúde "Nelson" de Borrazópolis foi morto, e todos os cruéis e covardes assassinos já estão soltos. Justificativa:  ERAM MENORES
Quando alguém morre é quase unanimidade o pensamento de pessoas que costumam dizer: "daqui há uma semana, todos já o terão esquecido"... Engana-se quem pensa assim; digo isso porque os verdadeiros amigos e a família fica marcada para o resto de uma geração; e  situações cruéis como o "Caso Nélson", de Borrazópolis, esquecer seria algo impossível... foi o que comentamos ao lembrar um ano da morte do agente de saúde Nelson dos Passos Freitas, 64 anos, encontrado morto no dia 08 de agosto, de 2015 e após ser brutalmente assassinado por três menores. Tudo isso parece ser o máximo deste acontecimento, mas ainda tem mais: menos de um ano do crime, todos os réus confessos foram soltos, inclusive o adolescente que a polícia o acusou de ser o mentor, agora com mais de 18 anos, vive uma vida normal e usa o Facebook para exibir fotos do seu novo visual: musculoso, aparentemente feliz e cheio de prazeres para curtir. Os outros dois menores, a exemplo do primeiro, também já estão em liberdade, e andam pelas ruas como se fossem meninos inocentes ou incapazes de matar uma barata.  E veja bem, um  deles procurou o Colégio José de Anchieta, para fazer matrícula, o que é positivo, educação é o caminho, mas surgiu outro drama: se ele realmente estudar na referida escola, a irmã do homem que eles mataram sufocado e com pauladas, que é professora na instituição, terá que ministrar aulas para o marmanjão que não apenas matou uma pessoa, mas arrancou um pedaço do seu coração. Um irmão de Nélson, também é professor de Educação Física no mesmo colégio (Professora Isabel e Professor Flávio). Isso é de revoltar, e a nossa reportagem poderia ficar calada, porque tudo já passou, a cidade quase não se lembra, mas o nosso compromisso com a verdade e justiça nos faz ter a coragem de dizer que esta baderna já passou dos limites. O Conselho Tutelar, segue sua cartilha e tem que cumprir o seu papel de mais proteger do que ressocializar, até porque, o Estado dá poucos caminhos para oferecer um castigo que eduque. Lamento dizer, mas quando um menor chega na delegacia é assim: Ele cospe e zomba da cara de quem o prendeu, o Policial Militar faz zelo para não complicar sua vida profissional;  o delegado o guarda a sete chaves por um tempo mais curto possível, porque se algo acontecer com o menor assassino na cadeia, é quase certeza que sua carreira vai terminar antes da aposentadoria. Por fim, vem o poder judiciário, que muitas vezes imputa penas brandas para quem merecia apodrecer na cadeia, até porque, até chegar nele, o Juiz, tudo já foi falho e os nobre magistrados sabem que no presídio o mostro pequeno, se tornará grande e incorrigível.  Enfim, a falha maior está no poder público que corrompe com o dinheiro que deveria investir em educação, saúde, oportunidade de emprego e mais caminhos para reeducar. A sociedade também peca, muitas vezes pela ignorância do pouco que apreendeu.  Não quero ser pessimista, mas vou ter que concordar com aquela velha e célebre frase: "Quem Perde É Quem Morre", inclusive virou letra de música de um grupo musical (Ouça). Lamentável para a sociedade de bem que tem um problema e não sabe como resolver... (Clique aqui para rever matéria do crime que chocou Borrazópolis)

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