POLÊMICA - JARDIM ALEGRE

 Presidente da ONG - Sociedade Protetora dos Animais de Jardim Alegre, pede socorro. Ela diz que uma virose está provocando a morte de dezenas de cães e também reclama da falta de apoio do poder público

VÍDEO - No vídeo entrevista com a presidente da ONG e imagens dos animais, vítimas da Cinomose, uma virose altamente contagiosa 

O repórter Ronaldo Alves Senes, o "Berimbau", falou, pela Rádio Nova Era, com a Sandra Mara Gonçalves, que é presidente da ONG- Sociedade Protetora dos Animais: SOS Toca de Assis de Jardim Alegre, que está pedindo socorro. Segundo ela, uma virose conhecida como "Cinomose" está provocando a morte de dezenas de cães no município, principalmente no perímetro urbano. Em vários vídeos que nossa reportagem teve acesso, alguns gravados pelo senhor Hélio Soares, é possível constatar animais doentes e alguns já mortos. A doença acomete cães mais jovens em seu primeiro ano de vida, mas pode também infectar cães mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por alguma doença no seu sistema imunológico se encontra debilitado. A cinomose pode atingir vários órgãos, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo, é altamente contagiosa. É uma doença causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio. Porém é um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, dura em média três meses no ambiente após a retirada do portador. "É um problemas muito sério e não sabemos mais o que fazer; por isso estamos pedindo ajuda", disse Sandra Mara. FALTA DE APOIO - Ela também reclamou da falta de apoio do poder público, pois em Jardim Alegre, são cerca de dois mil cães de rua e a superpopulação de animais tem causado transtornos como ataques a pessoas e sujeira no perímetro urbano, o que também é uma questão de saúde pública. "Nós tivemos muita dificuldade para receber pouco mais de 700 reais da prefeitura, ao mês, mas este dinheiro não paga se quer  a ração para cerca de 40 cachorros que temos em um abrigo improvisado. Outro detalhe, existe um projeto de lei para doação de um terreno, com a proposta de construção de um abrigo, mas até agora ele ainda não virou realidade na Câmara Municipal e no poder executivo", finalizou a presidente da Ong. Outra preocupação, é que com a mudança de prefeito, há informações que o pouco recurso que  a instituição recebe, pode ficar suspenso por alguns meses, agravando ainda mais a situação.  Além dos pontos negativos já citados, a sociedade também precisa ser conscientizada para evitar a proliferação dos animais. Uma medida importante, seria um programa de castração via Prefeitura, algo que já existe em alguns municípios do Paraná e já deu certo. Assista a Matéria no link de vídeo; há imagens e uma entrevista especial com representantes da ONG.