27/07/2017

LAVA JATO - NOVA FASE

Nova fase da Lava Jato teve como alvo ex-diretor da Petrobras e do  Banco do Brasil
A reportagem do Jornal Nacional revelou que Aldemir Bendini comandou a Petrobras por pouco mais de um ano e, por várias vezes, falou em tom de crítica sobre o esquema de corrupção na empresa. Antes, ele presidiu o Banco do Brasil.  Aldemir Bendine assumiu a presidência do Banco do Brasil em abril de 2009, a convite do então presidente Lula. Os bons resultados na administração do banco fizeram com que Bendine ganhasse a confiança da então presidente Dilma Rousseff. Bendine foi nomeado para o comando da Petrobras em fevereiro de 2015, no lugar de Graça Foster, com a missão de recuperar a estatal, abalada pela Lava Jato.  Sem nunca ter atuado na área de petróleo e gás, o nome de Bendine não agradou o mercado, que esperava alguém mais independente em relação ao governo. Dois meses depois, Bendine divulgava o balanço da Petrobras de 2014, com cinco meses de atraso. Um prejuízo de R$ 21,5 bilhões. Só com a corrupção, as perdas foram de R$ 6 bilhões. Na entrevista coletiva, no dia 22 de abril, Bendine falou sobre esses números. “A gente está com sentimento, diríamos até de vergonha, por tudo isso que a gente vivenciou. Eu faço um pedido de desculpa em nome dos empregados da Petrobras porque hoje eu sou um deles”, disse.  - leia o restante da reportagem no link abaixo
 Em 11 de maio, Aldemir Bendine participava de uma cerimônia na Procuradoria-Geral da República, em Brasília, para marcar a volta de R$ 157 milhões aos cofres da Petrobras. Dinheiro roubado pelo ex-gerente da estatal Pedro Barusco, um dos primeiros a fechar delação premiada na Lava Jato.  “Um dia como esse, em que retomamos a primeira parcela dos recursos perdidos por conta dessas práticas, reforça que a Petrobras está no rumo certo para superar essa crise e voltar a ser a fonte não só de orgulho, mas de boas perspectivas e bons resultados para seus empregados, seus acionistas e conjunto da sociedade brasileira”, disse Bendine na ocasião.  Segundo as investigações, uma semana dessa declaração, no dia 18 de maio, Bendine participou da reunião, em Brasília, com Marcelo Odebrecht, para acertar o pagamento de propina.   No dia 17 de junho, a primeira parcela dos R$ 3 milhões de propina foi paga. Em maio de 2016, ele deixou a presidência da Petrobras logo depois do afastamento de Dilma. Os procuradores dizem que a mesma pessoa que tinha a missão de recuperar a Petrobras recebia propina e isso com as investigações da Lava Jato bastante adiantadas.   “É assustador, isso mostra que temos que investigar a fundo, temos que continuar com nossos trabalhos. Aqueles que pretendem, de alguma forma solicitar ou tentar impedir as investigações, ou são míopes ou tem medo”, declarou o procurador da República Athayde Ribeiro Costa.   A defesa de Aldemir Bendine apresentou ao Juiz Sergio Moro pedido de reconsideração da decisão que determinou a prisão do ex-presidente do BB e Petrobras. A defesa alegou que já houve busca e apreensão nos três endereços e que entregou ao juiz os comprovantes da passagem de volta de Portugal e das reservas de hotéis, caracterizando assim que não havia risco de fuga.  Sérgio Moro vai analisar o pedido, mas determinou que os advogados apresentem um documento que comprove o pagamento das passagens e acrescentou que o risco de fuga não foi o único elemento que o levou a decretar a prisão de Bendine.  A defesa de André Gustavo Vieira da Silva disse que estranhou a prisão do cliente porque o Supremo Tribunal Federal ainda precisa determinar se as investigações sobre Aldemir Bendine permanecem em Curitiba. O Jornal Nacional, que divulgou esta matéria, disse que não teve acesso à defesa de Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior.

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