06/11/2017

ARTIGO - Os Anjos nas Sagradas Escrituras e em nossas vidas

Dom Celso, escreve sobre os Anjos nas Sagradas Escrituras e em nossas vidas
Apucarana, 01 de novembro de 2017
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, os anjos são criaturas puramente espirituais, incorpóreas, invisíveis e imortais, seres pessoais dotados de inteligência e de vontade. Eles contemplam incessantemente a Deus face a face; glorificam a Deus e o servem e são os seus mensageiros no cumprimento da missão de salvação, em prol de todos os homens e mulheres. A palavra anjo, do latim “ângelus”, quer dizer mensageiro. Eles são vistos como servidores e mensageiros de Deus. Segundo o salmista, eles são poderosos executores da palavra de Deus e obedientes ao som desta mesma palavra (cf. Sl 103,20). Na Bíblia, encontramos os anjos eficazmente presentes como mensageiros da parte de Deus na vida de Abraão, de Ló, de Jacó, de Jó, de Daniel, de Jesus, de Maria e dos Apóstolos.  Segundo os ensinamentos da Igreja, fundamentados nas Escrituras Sagradas e na Tradição, os anjos existem e atuam vivamente em nossas vidas. A Igreja une-se aos anjos para adorar a Deus, invocar sua assistência e celebrar liturgicamente a memória de alguns. No dia 29 de setembro, a Igreja celebra a Festa dos três Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, e faz memória, ao mesmo tempo, de todos os coros angélicos. Baseando-se em Mt 18,10, onde Jesus diz que os anjos dos pequeninos contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus”, fazendo alusão ao Anjo da Guarda, guardião do corpo e da alma dos homens, a Igreja, desde o século XVI, celebra a Festa dos santos Anjos no dia 2 de outubro.  Os anjos estão presentes na história da humanidade desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); no relato da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, a Bíblia diz que Deus colocou Querubins para guardar a entrada: "Depois de ter expulsado o homem, colocou, a oriente do Jardim do Éden, os Querubins com a espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida" (Gn 3, 24); protegem Lot (cf. Gn 19); salvam Agar e seu filho (cf. Gn 21,17); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (cf. Gn 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (cf. At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (cf. Ex 23, 20-23), anunciam nascimentos célebres (cf. Jz 13); indicam vocações importantes (cf. Jz 6, 11-24; Is 6,6) e assistem aos profetas (cf. 1Rs 19,5). Foi um anjo que anunciou a Gedeão que devia salvar o seu povo (Cf. Jz 6, 12ss; um anjo anunciou o nascimento de Sansão (cf. Jz 13); o anjo Gabriel instruiu a Daniel (Cf. Dn 8,16), ainda que aqui não seja chamado de anjo, mas “o homem Gabriel” (Cf. Dn 9,21). Este mesmo espírito celestial anunciou o nascimento de São João Batista e a encarnação de Jesus, conforme Lucas 1; os anjos anunciaram a mensagem aos pastores (cf. Lc 2,9), e a missão mais gloriosa de todas, a de fortalecer o Rei dos Anjos em sua Agonia no Horto das Oliveiras (cf. Lc 22, 43).   Nos Evangelhos, nós os vemos na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani; dão testemunho da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos. Enfim, eles prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus.  Toda a vida de Jesus está cercada da adoração e do serviço dos Anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles o acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo, diz: ‘Adorem-no todos os Anjos de Deus’” (Hb 1, 6).  Nos escritos dos Padres da Igreja, encontramos em São Basílio Magno essa citação: «Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor, para conduzi-lo à vida». Lendo as Sagradas Escrituras, encontramos em diversas passagens mulheres e homens assistidos por anjos. Por exemplo: em Marcos 1, 13, os anjos serviam a Jesus. Em toda a Bíblia encontramos muitas vezes que cada alma tem seu anjo guardião. Abraão, ao enviar seu servo para buscar uma esposa para Isaac, lhe diz: “Ele enviará seu anjo diante de ti” (Gn 24, 7). As palavras do Salmo 90, que o demônio citou para Jesus na tentação do deserto (Cf. Mt 4, 6) são bem conhecidas, e Judite relata seu êxito heroico dizendo: “Viva o Senhor, cujo anjo foi o meu guardião” (Jd 13, 20). O Arcanjo Rafael conduz o jovem Tobias à casa de Gabael. Estas passagens e muitas outras parecidas (Cf. Gn, 16, 6-32; Os, 12, 4; 1Re 19, 5; At 12, 7; Sl 33, 8), são reforçadas com as palavras de Jesus: “Guardai de menosprezar a um desses pequeninos, porque lhes digo que seus anjos, no céu, vêm continuamente o rosto de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).   Eis uma oração muito conhecida de todos nós, especialmente das crianças: Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa, ilumina. Amém.  (Artigo de  Com Celso A. Marchiori - Apucarana)

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