16/01/2022

BERIMBALADAS - Em Ivaiporã Policiais Militares assumiram a função de "Babá de Presos"

Pelas registros realizados nos últimos dias, equipes de soldados da Polícia Militar, são obrigadas a deixar o patrulhamento para realizar escoltas de presos em apoio ao DEPEN 
     Em 2021, foi feito um anúncio importante, ou seja, a transferência de gestão da custódia de presos da Polícia Civil para a gestão plena do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). A partir de um decreto assinado pelo governador, a permanência dos detentos, em qualquer unidade prisional do Estado, ficou sob responsabilidade exclusiva do Depen. A medida deveria trazer diferentes reflexos positivos para a sociedade. Um deles, por exemplo, é que a Polícia Civil poderá focar apenas em sua obrigação primordial: investigação e resolução de inquéritos criminais, o que seria também importante para a Polícia Militar, que faz o seu trabalho ostensivo, preventivo e, muitas vezes, também investigativo, através da P2 ou Agências de Inteligência. Mas, em Ivaiporã, e parece que tem ocorrido também em outras Comarcas, a gestão do DEPEN, pode até ter liberado a Polícia Civil para o seu trabalho exclusivo, mas vem engessando a Polícia Militar, que está sendo obrigada a assumir o papel, apelidado no passado de: "babá de presos". Para se ter uma ideia, no dia 15 de janeiro e início da madrugada, de 16 de janeiro, de 2022, por exemplo, uma das equipes da PM, ficou o tempo todo, somente trabalhando em escoltas de presos. "A iniciativa do governo foi importante e o DEPEN está de parabéns, mas o Departamento Penitenciário precisa de estrutura para realizar os procedimentos, que achar necessário, com os presos, como, por exemplo, as transferências e escoltas, que são atividades rotineiras", disse o repórter Ronaldo Senes, o "Berimbau", ao comentar o caso pela Rádio Nova Era. Em relação ao dia 15 de janeiro, uma viatura da Polícia Militar foi acionada, às 10 horas, para realizar escolta de dois presos, da Delegacia para atendimento no UPA de Ivaiporã. Isso tomou tempo, mobilizou soldados, que poderiam estar atendendo a comunidade. Mais tarde, às 15:30 horas, houve mais uma escolta de detentos para atendimento médico,  os quais foram acompanhados até a unidade de saúde, durante o atendimento das consultas e no retorno para o presídio. Como se não bastasse, entre a meia noite de 15 para 16 de janeiro, uma nova solicitação, dessa vez, era o DEPEN, precisando de ajuda para escolta da equipe do SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, com dois detentos para um novo procedimento médico na UPA - Unidade de Pronto Atendimento. No local, foi realizado o acompanhamento da ambulância e vigília para consultas e, pior, após os procedimentos, a recepcionista da Unidade, ligou para o motorista da ambulância, que estava de plantão, e este recusou-se a levar os detentos para o DEPEN, obrigando esta equipe de soldados, a colocar os dois detentos que, visivelmente, estavam com sintomas gripais, no camburão, colocando assim, em risco, a integridade da equipe, de forma desnecessária, pois não há meios adequados para o traslado de pessoas com esse tipo de sintomas. Os policiais lavaram  a viatura e adotaram outras medidas, que podem não serem eficazes na proteção a saúde deles ou de outra pessoas, que precisam  ser conduzida no veículo policial,  após tais deslocamento, inclusive, vítimas. Neste último procedimento, a viatura foi tirada das ruas entre às 00:15 às 02:03 horas.  ARAPONGAS - Após a publicação desta nota, recebemos informações que o mesmo está ocorrendo em Arapongas, o que nos leva a acreditar, que é a prática se tornou comum.   Portanto, fica evidente, que algo precisa ser feito, caso contrário, o que estava ruim, ficará ainda pior.   

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