Um delegado contestou dizendo que resolução não impede entrevistas de assuntos da sua área territorial, somente os fatos que digam respeito a âmbito Institucional foram centralizados
BERIMBALADAS - Através do seu portal de notícias, o repórter Ronaldo Alves Senes, o "Berimbau", falou da perplexidade com a notícia que não poderá mais entrevistar, ouvir ou buscar informações junto as Delegacias de Polícia Civil do Paraná, pelo fato do delegado estar proibido de dar entrevistas ou de passar qualquer informação sobre casos que esteja investigando. "O comando da Polícia Civil manteve contato e, literalmente, nos mandou calar a boca num verdadeiro ato de censura, algo absurdo", disse um dos delegados, ouvidos pelo Blog do Berimbau, que chegou a chamar a determinação de "ditatura", exatamente neste momento onde se busca prevalecer a democracia e liberdade de expressão. Segundo informações, a ordem "vinda de cima", trata-se de uma resolução do conselho da Polícia Civil do Paraná, a qual impede que os delegados se manifestem, publicamente, a respeito de investigações desenvolvidas. O conselho é formado pelos delegados Silvio Jacob Rockemback (presidente), Riad Braga Farhat; Marcelo Lemos Oliviera; Matirza Maira Haisi; Renato Coelho de Jesus; Luciana de Novaes; Lanevilton Theodoro Moreira; Alexandre Macorin de Lima e Bruno Assoni. NÃO É VERDADE - Um delegado, da região norte, interpretou diferente. Segundo ele, a resolução não impede os Delegados de darem entrevistas de assuntos da sua área territorial, somente os fatos que digam respeito a âmbito Institucional foram centralizados. Segundo o Portal Umuarama News, foi criada uma ASCOM - Em tese, a resolução tem a intenção de instituir a Polícia de Comunicação Social da Polícia Civil do Paraná. Para tanto, até renomeou a denominação da Assessoria de Imprensa, para Ascom (Assessoria de Comunicação Social), que fica subordinada ao Delegado Geral da Polícia Civil, que compete o planejamento, coordenação, supervisão, controle, organização e orientação geral das atividades de comunicação social, no âmbito da Polícia Civil do Paraná. A resolução, aparentemente, exorbita o poder de regulamentação, ao criar infração disciplinar não prevista em Lei, que só pode ser criada por Lei Complementar, devendo passar pela Assembleia Legislativa do Paraná e só depois de sancionada pelo governamental entre em vigor. O artigo 16, deixa claro que, a participação em programas de entrevistas, palestras, seminários, mesas redondas ou manifestações envolvendo assuntos institucionais de qualquer natureza, em rádio, TV, sites, páginas em redes sociais, canais, perfis particulares ou públicos, blogs ou correlatos, depende da autorização prévia do Delegado Geral. Contudo, há quem diga que a ação possa ter cunho político, na intenção de cercear o aparecimento nos canais de comunicação, dos delegados propensos a se candidatarem a algum cargo público. Outros citam como medida antidemocrática e ditatorial. O tema vai longe e órgãos de imprensa prometem se unir para barrar a resolução. "Isso é coisa de governo. Quem é o comandante maior? o governador.... A imprensa não tendo acesso, a população também não terá. Teremos a impressão que não tem nada acontecendo, que está tudo tranquilo e que a segurança vai bem, mas, o cidadão vai continuar sendo refém e a polícia cada vez mais sucateada e sem efetivo", disse outro delegado proibido de falar. Fizemos contato com a Secretaria de Segurança do Estado, mas a informação é que ninguém poderia falar...
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