POLÊMICA - Santa Casa de Rosário do Ivaí é alvo de novas denúncias

A prefeitura assumiu a gestão da Unidade de Saúde, mas segundo moradores: falta insumos, servidores estão sem registro e o local está em condições precárias    

     Em Rosário do Ivaí, continuam as dificuldades relacionadas ao Hospital Santa Casa da Misericórdia. Desde o ano de 2020, nossa reportagem vem acompanhando o drama de funcionários e também da comunidade, que vai até a unidade de saúde e tem percebido as dificuldades no atendimento. Em 2021, após uma crise instalada, o Padre Itamar Turco, de Guarapuava, designado para tentar reorganizar as finanças, pelo Bispo Dom Amilton, de Guarapuava, que destituiu a então diretoria, já que o Hospital tem administração da Igreja Católica, assumiu o comando. Os meses foram se passando e os relatos de profissionais de saúde com salários atrasados e outros problemas, continuaram. Em agosto, de 2021, algumas relatos, nas redes sociais, lamentavam o fechamento da Unidade, mas isso não ocorreu, porque a prefeitura assumiu a gestão. Neste mês de fevereiro, de 2022, o Blog do Berimbau e Rádio Nova Era, começaram a receber novos relatos de que os funcionários, estão trabalhando em condições precárias. "Os funcionários não se manifestam, porque tem medo de perseguição, mas eles não sabem nem para quem estão trabalhando. Falta insumos até para a higiene, e tudo isso ocorrendo neste período, que é preciso seguir os protocolos da Covid-19. Basta olhar ao entorno do prédio, e verás tudo caído, abandonado e o mato crescendo. O prefeito Kuroda, quando o Hospital estava nas mãos de outros diretores, dava a entender que estavam desviando dinheiro ou administrando mal, mas, e agora, o que ele está fazendo. Porque não grava um vídeo e posta nas redes sociais dando explicação", disse um dos reclamantes, que falou em defesa dos servidores. Não conseguimos contato com o prefeito Kuroda, mas um funcionário da prefeitura, ligou para a nossa reportagem, pediu para não ter o nome divulgado, e saiu em defesa do prefeito. Veja a nota: "Berimbau, queria dizer que, realmente são seis meses e, praticamente, tudo o que foi dito, é verdade, ou seja, falta insumos e segurança jurídica para os funcionários. Quero dizer a eles, que transformar uma instituição, que há 40 anos era da Mitra Diocesana, em pública ou pública-privada, não é do dia para noite. A prefeitura está sim buscando solução. Queríamos a gestão em nome de uma associação ou entidade, mas pode ser que isso não dê certo e tenhamos que abrir ali, um Hospital Municipal. A boa notícia, é que uma empresa já venceu uma licitação e já vai começar a legalizar tudo. Até agora, como não somos Municipal e nem privado, não tínhamos como comprar nada, até porque, nem CNPJ temos. Mas asseguro: Ninguém ficou sem atendimento; mantivemos o convênio com SAMU e outros órgãos e, tenho certeza, muito em breve teremos o nosso CNPJ e todos os funcionários serão registrados. Tenha calma, está muito perto deste sonho acontecer. Digo mais, todos eles, estão recebendo em dia, ao contrário do que acontecia no passado. Nos dê mais um pouco de tempo, e tudo será resolvido", assegurou ele.