24/04/2024

Mais detalhes da operação na região que prendeu vereadora de Cambira

 A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu seis integrantes de uma organização criminosa ligada à lavagem de dinheiro decorrente de tráfico de drogas. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (23 de abril), em cinco cidades do Norte do Estado. Estima-se que mais de R$ 20 milhões de origem ilícita foram movimentados pelos suspeitos ao longo de oito anos. A ação aconteceu simultaneamente nos municípios de Apucarana, Londrina, Cambira, São João do Ivaí e Borrazópolis. Durante o cumprimento dos mandados de busca foram apreendidos dois veículos de alto padrão, R$ 15 mil em dinheiro, nove celulares, documentos, uma arma de fogo, uma máquina de contar dinheiro e máquinas de cartão em nome de terceiros. Ação contou com a atuação de mais de 100 policiais civis, além de cães da PCPR. Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, que incluem um apartamento de R$ 2 milhões, bem como o bloqueio de bens e valores existentes em contas bancárias e aplicações financeiras dos suspeitos. A organização criminosa, segundo a nota divulga no site da Agência Estadual de Notícias,  era chefiada por uma vereadora e o marido, de Cambira, que foram presos preventivamente. Entre os que foram presos está uma advogada e laranjas do esquema. DISSIMULAR - As investigações, iniciadas em março de 2023, apontam que os suspeitos utilizavam diversas formas para dissimular a procedência dos ganhos financeiros de forma ilícita. "Apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas era a constituição e aquisição de diversos estabelecimentos comerciais, dentre estes, postos de combustíveis nos municípios de Apucarana, São João do Ivaí e Borrazópolis", explica o delegado Ricardo Casanova. Os valores de origem ilícita eram colocados no sistema financeiro por meio de circulação de maneira fracionada. Além disso, eram realizadas liquidação de operações de crédito e a aquisição de combustíveis. "O patrimônio era incompatível com o que era declarado por eles. Verificamos que praticamente todos os valores que entravam na conta dessas pessoas não tinham a origem comprovada. Circulavam milhões de reais enquanto eles declaravam ganhos de R$ 14 mil a R$ 30 mil anuais", afirma o delegado. Os suspeitos deverão responder pelos crimes de associação criminosa e de lavagem de dinheiro, com penas que podem passar de dez anos de reclusão. As investigações seguem a fim de apurar outros fatos e identificar mais envolvidos.

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