31/08/2024

Conflito interno na Terra Indígena Queimadas em Ortigueira é resolvido

Em Ortigueira, os indígenas da reserva "Terra Indígena Queimadas" chegaram a um acordo após vários protestos devido a uma disputa interna pela liderança da comunidade. A intervenção da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) foi fundamental para mediar o conflito. Conforme noticiado anteriormente pelo Blog do Berimbau, um grupo da comunidade exigia a destituição da atual cacique, Luana, para que o vice-cacique, Sidnei Guilherme, conhecido como "Nei", assumisse a liderança. Embora tenhamos tentado contato com Sidnei na época, não conseguimos falar com ele. A situação na reserva se agravou quando surgiram relatos de que a Polícia Militar havia sido chamada para intervir, supostamente a pedido da cacique Luana. Em resposta, opositores queimaram uma ponte de acesso principal e bloquearam outros dois acessos, isolando a reserva. Um ônibus novo também foi incendiado. A tensão aumentou ainda mais quando confrontos resultaram em ferimentos entre os manifestantes. Uma indígena grávida foi baleada de raspão na cabeça e outra mulher sofreu ferimentos graves que necessitaram de cirurgia na perna. Os disparos teriam sido feitos por aliados de Luana. Um casal, que não tinha envolvimento no conflito, também foi agredido e precisou de atendimento médico no Pronto Atendimento de Ortigueira. A revolta dos manifestantes foi intensificada após denúncias de que a cacique Luana teria vendido um trator da comunidade por R$ 60 mil para financiar um show musical, apenas porque gostava do cantor. "Esse trator vale mais de 100 mil, e nem sabemos se ela realmente vendeu por 60, já que notas não foram apresentadas. Ela também desviou mais de 13 mil do caixa em um mês e há outros relatos de desvios, como por exemplo a venda de diesel da reserva", afirmou um indígena em entrevista exclusiva ao repórter Ronaldo Senes, que pediu sigilo de sua identidade. A equipe de Luana enviou um e-mail ao "Berimbau" negando as acusações e solicitando direito de resposta, mas até a publicação desta matéria, nenhuma nota oficial foi enviada. SOLUÇÃO -  Com a intervenção da FUNAI, o conflito interno parece ter sido resolvido. "A decisão foi a seguinte: neste final de agosto de 2024, tivemos uma reunião com a FUNAI de Londrina, a FUNAI de Guarapuava, e o Conselho Estadual e Nacional do Norte do Paraná, com o Cacique e Conselheiro Wagner, que é o coordenador. Conversamos com eles e chegamos a um acordo para acalmar a situação. Foram formadas duas comissões, uma representando a Cacique Luana e outra representando o grupo contrário que iniciou a revolta, para que a gestão temporária continue até a nova eleição, que será após a eleição municipal de 6 de outubro, embora as datas ainda precisem ser definidas. A atual cacique Luana e o vice-cacique, o 'Nei', não poderão concorrer, conforme o acordo firmado", explicou uma liderança da reserva em entrevista ao repórter Ronaldo Senes (Berimbau). Portanto, todas as questões resolvida e, enfim, a paz voltará a reinar na Reserva de Queimadas.  

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