BERIMBALADAS - Uma polêmica envolvendo a vacinação infantil e o constrangimento de uma profissional de saúde continua repercutindo no Vale do Ivaí e em todo o Paraná. O episódio foi levado pelo prefeito de Lidianópolis, Aparecido Buzato (Cido), à última reunião da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (AMUVI), realizada no dia 17 de maio, em Apucarana, com a presença de prefeitos da região e do Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. Durante o encontro, o prefeito relatou que uma enfermeira do município de Lidianópolis foi constrangida por um pai, que exigia uma declaração de atualização da carteira de vacinação para matricular a filha. A profissional teria recusado o pedido ao constatar que a carteira não estava devidamente atualizada, especialmente no que se refere à vacina contra a Covid-19. Segundo o relato do prefeito, o pai chegou a acionar, por telefone, um político que, na ligação, teria ordenado à enfermeira que emitisse a declaração. Aparecido Buzato destacou a necessidade de um posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em casos como este, pois, segundo ele, os profissionais acabam sendo expostos a constrangimentos e ficam sem respaldo para agir adequadamente. O prefeito também manifestou apoio a enfermeira, que é uma ótima profissional. Diante do relato, o Secretário Beto Preto determinou, através da chefe da 22ª Regional de Saúde de Ivaiporã, Silvia Bovo, a instauração de uma sindicância pela própria Sesa para apurar o caso. Enquanto a investigação está em curso, o episódio ganhou ainda mais repercussão após declarações do deputado estadual Ricardo Arruda, que gravou um vídeo direcionado a pais e mães de Lidianópolis. No vídeo, o parlamentar critica a atuação da saúde municipal e condena a vacinação contra a Covid-19, alegando que não existe lei que obrigue pais a vacinar seus filhos com o que ele classificou como "experimento criminoso" e "terapia gênica". “O Conselho Tutelar e alguns promotores estão agindo erradamente, estão coagindo pais ilegalmente e eles serão responsabilizados. Você, pai e mãe, não se incomode com essa pressão, não vacine os seus filhos”, afirmou o deputado, que também disponibilizou seu telefone para eventuais orientações jurídicas e reforçou que sua missão é “derrubar essa obrigatoriedade no Paraná”. A fala do parlamentar provocou intensa repercussão e dividiu opiniões, acirrando o debate sobre vacinação e os direitos e deveres relacionados à saúde pública e à proteção de crianças e adolescentes. O caso segue sendo acompanhado pela imprensa estadual e pelas autoridades de saúde. No link de vídeo, assista à declaração polêmica do deputado Ricardo Arruda, que também já usou o plenário da Assembleia Legislativa, para fazer a mesma crítica.
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