CADEIRINHA É OBRIGATÓRIA - Saiba todos os detalhes nesta matéria especial do jornal FOLHA DE LONDRINA

SUAS COMPRAS - Cadeirinha agora é Lei

Silvana Cavicchioli é categórica no uso das cadeirinhas pelas filhas, a idade não será o limite O que era uma recomendação virou lei. A partir do dia 9 de junho, quem transportar crianças, abaixo de sete anos e meio, fora da cadeira de transporte infantil estará cometendo uma infração gravíssima. Quem ainda não comprou o assento de segurança tem tempo, e deve ficar atento à algumas dicas. Segundo Rita Sampaio Figueiredo, proprietária de uma loja especializada em produtos infantis, os pais costumam querer economizar nesse item de segurança, já que a cadeira geralmente fica no carro. É comum os pais gastarem mais no carrinho, ou até mesmo no bebê conforto, já que são objetos que ficam à vista. ''Eu sempre recomendo: economize nos outros itens e compre uma boa cadeira, porque ela pode evitar a morte do seu filho'', enfatiza. A compra da cadeira, porém, deve ser analisada com cuidado. Depois de escolher o modelo certo para o peso e/ou altura da criança, o ideal é que os pais peçam para testar se a cadeira se acomoda bem no carro. Isso porque não existe um padrão para a inclinação dos bancos traseiros e cada cadeira tem uma base que prende melhor em cada banco. Até os sete anos, uma criança precisará de três modelos diferentes de assento infantil. A primeira é o bebê conforto, que leva crianças de até 9 quilos e deve ser fixada voltada para o banco, contra o fluxo do trânsito. O que os pais devem observar é que, às vezes, o bebê não atingiu nove quilos mas ele é alto. Quando a cabeça ultrapassa a concha de proteção da cadeira (um acessório de plástico que fica acima da espuma de proteção) está na hora de mudar o modelo, pois bater a cabeça naquele plástico pode ferir gravemente o bebê, explica a dona da loja. Depois a criança passa para um modelo que suporta até 18 quilos e, por fim, muda para o elevador de assento que suporta até 36 quilos, ou crianças de até 1,45 metros. Alguns pais preferem comprar o último modelo de cadeira. Não há problema, desde que eles se certifiquem que o modelo tem os diferentes níveis para o cinto de segurança, e sempre compre produtos com selo do Inmetro. Os preços variam de R$ 150 a R$ 1 mil, dependendo da marca e do modelo das peças. Segundo Wilson de Jesus, diretor de trânsito da CMTU, a fiscalização vai começar efetivamente em junho. O infrator vai perder 7 pontos na carteira e pagará multa de R$ 191. O importante é conscientizar o motorista do risco de levar uma criança fora do assento de segurança. ''O ideal é que os pais sempre estejam com as crianças nas cadeiras, mesmo para ir à esquina e voltar'', alerta. Segundo o diretor, várias equipes vão trabalhar na frente das escolas abordando pais que estão buscando os filhos e explicando o risco que a criança corre sendo levada incorretamente, sem cinto ou no banco da frente. ''Crianças de sete a dez anos ainda devem ser levadas no banco de trás, com o cinto de segurança. Nós não queremos simplesmente multar os infratores, queremos que os pais entendam os riscos e aprendam a preservar a vida dos seus filhos'', finaliza.