16/10/2015

INVESTIGAÇÃO - LULA E CUNHA

Delator diz que Cunha recebeu até R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo; ele cita também pagamento de propina ao ex-presidente Lula
O Ministério Público pediu ao Supremo a abertura de mais um inquérito sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Desta vez, por causa das contas bancárias em nome dele na Suíça. A suspeita é que elas foram usadas para depositar dinheiro de propina. Na semana passada, autoridades suíças enviaram extratos e documentos dessas contas para o Brasil. O presidente da Câmara disse que, com a abertura do inquérito, vai poder conhecer os dados e se defender. Se o inquérito for aberto, esse será a segunda linha de investigação no Ministério Público Federal contra Cunha. Ele já é investigado sobre um suposto pagamento de propina do esquema de corrupção na Petrobras em contratos para fabricação de navios-sonda. As principais denúncias contra Eduardo Cunha estão na delação premiada de Fernando Baiano. Segundo os procuradores, ele é operador do PMDB na distribuição do dinheiro desviado da Petrobras. O partido sempre negou. Uma parte desse dinheiro teria ido para Eduardo Cunha: US$ 5 milhões do consultor Júlio Camargo. Agora, novas revelações de Baiano mostram como teria sido feito esse pagamento a Eduardo Cunha. Uma parcela, segundo Baiano, teria sido paga em dinheiro vivo.  (Leia mais no link abaixo)
O próprio Baiano disse que levou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão ao escritório de Cunha, no Rio, em outubro de 2011. O dinheiro, segundo Baiano, foi entregue a uma pessoa chamada Altair. Baiano contou a investigadores que tinha um celular exclusivo para falar com determinadas pessoas sobre valores ilícitos. Entre elas, Eduardo Cunha. E que o presidente da Câmara atuou tão de perto que mandou até e-mail com uma tabela do que foi pago e do que ainda tinha que ser. O delator disse que vai apresentar provas à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República. Fernando Baiano também contou aos investigadores sobre outras negociações de contratos com a Petrobras. Em um dos depoimentos dados em setembro, Baiano citou o nome do ex-presidente Lula. Baiano contou que estava trabalhando para que a empresa OSX participasse de contratos da Sete Brasil com a Petrobras para exploração do pré-sal. Para isso, ele disse que pediu ajuda ao advogado José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Segundo Baiano, o próprio Lula teria participado de reuniões com o presidente da Sete Brasil para que a OSX fosse chamada para o negócio. As tratativas não foram adiante, mas, mesmo assim, Baiano disse que Bumlai cobrou uma comissão dele: R$ 3 milhões, que Bumlai disse que seria para pagar uma nora de Lula que tinha uma dívida com uma parcela de um imóvel. No depoimento, Baiano disse que repassou R$ 2 milhões através de contratos falsos de aluguel de equipamentos de uma empresa de Bumlai. O ex-presidente Lula disse que nunca atuou como intermediário de empresas e que jamais autorizou José Carlos Bumlai a usar o nome dele em qualquer espécie de lobby. Ele também negou que qualquer uma de suas quatro noras tenha recebido dinheiro de Fernando Baiano de forma direta ou indireta.

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