22/10/2015

PETROBRÁS / LULA

Lava Jato: delator dá detalhes de suposta dívida de campanha de Lula
O delator e ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa deu detalhes sobre uma suposta dívida da campanha do presidente Lula que teria sido paga por meio de um contrato da Petrobras. O depoimento de Eduardo Musa foi no fim de agosto deste ano no Ministério Público Federal em Curitiba. As afirmações do ex-gerente da Petrobras estão na edição desta quarta-feira (21 de outubro, de 2015) do jornal “Valor Econômico”. O Jornal Nacional também teve acesso à delação. Musa afirmou que soube pela primeira vez da dívida de campanha presidencial do PT de 2006 com o Banco Schahin pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O ex-gerente afirmou que essa informação foi confirmada depois por Fernando Schahin, ex-executivo do grupo. Schahin também teria tido para Musa que o empréstimo de R$ 60 milhões foi intermediado pelo pecuarista José Carlos Bumlai. Bumlai é amigo pessoal do ex-presidente Lula. Musa afirmou que para quitar a dívida o governo entregou o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000 à construtora Schahin, sem licitação. Eduardo Musa admitiu que trabalhou diretamente para que o negócio com a Schahin fosse fechado. O contrato foi assinado em 2007. Em troca, Musa recebeu no exterior US$ 720 mil de propina da empresa. Ele disse também que não era necessário contratar a sonda Vitória 10.000, já que a Petrobras sabia que os poços a serem explorados pela sonda na África estavam secos. Mesmo assim, Eduardo Musa apresentou a contratação da sonda para diretoria da Petrobras como um bom negócio para atender aos pedidos de seus superiores. O ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa já é réu na Operação Lava Jato e responde na Justiça por corrupção. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a dívida nunca existiu, que é mais uma mentira divulgada de maneira irresponsável para comprometer o partido, que o PT jamais delegou a responsabilidade de arrecadar fundos de campanha e que todas as doações foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral. O advogado de José Carlos Bumlai disse que o cliente contraiu empréstimo no Banco Schahin e pagou com doação de bens, sem nenhum tipo de favorecimento. A defesa do grupo Schahin afirmou que a empresa era, na época, a única no país em condições de operar a sonda Vitória 10.000. A advogada de Nestor Cerveró não quis comentar. (Por Jornal Nacional)

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