17/04/2016

IMPEACHMENT - "Impeachment é aceito pela Câmara"

Com 367 votos pelo impeachment, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausentes, o processo foi aprovado e Dilma fica nas mãos do Senado 

NO VÍDEO - Veja como foi o voto de número 342 e como votaram os deputados do Paraná
O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovado na Câmara dos Deputados. A aprovação, contudo, não afasta Dilma imediatamente da Presidência da República. Isso só pode ocorrer após a análise do Senado. Após quase dez horas de votação, o placar final da votação foi: 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, além de 7 abstenções e 2 ausentes. Para ser aprovado na Câmara, o processo dependia do voto de no mínimo 342 dos 513 deputados, ou dois terços do total. O processo de votação começou por volta das 17h45, e teve vantagem dos votos pró-impeachment desde o começo. Em suas declarações de voto, os parlamentares alternaram cumprimentos e homenagens à família com slogans a favor ("Tchau, querida!") e contra ("É um golpe!") o afastamento de Dilma. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o voto que selou a aprovação do impeachment da presidente. A sessão começou com confusão -- os parlamentares contra o impeachment reclamaram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que havia colegas se manifestando a favor do impedimento atrás da mesa da Casa. Houve gritaria e empurra-empurra. Após as orientações de voto das lideranças dos partidos, a votação começou. Na história política brasileira, é a segunda vez que o processo de impedimento de um presidente da República recebe o aval da Câmara dos Deputados. A primeira foi em 29 de setembro de 1992, quando o então presidente Fernando Collor de Mello, do PRN, teve seu pedido de afastamento acolhido com o voto de 441 deputados (outros 38 votaram contra, um se absteve e 23 não compareceram à sessão). Próximos passos. O Senado deve começar ainda neste mês a apreciar a denúncia apresentada contra Dilma. Em linhas gerais, os senadores votarão primeiro para dizer se concordam ou não com a instauração do processo. Para avançar, o impeachment precisará do voto da maioria, isto é, de pelo menos 41 dos 81 senadores. Se o processo for de fato aberto, a presidente se afastará do cargo por um período de seis meses (180 dias). Terá início, então, a discussão e análise da denúncia, com apresentações da acusação e da defesa, sob o comando do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. Esse processo culminará com o julgamento final dos senadores, em votação nominal e aberta no plenário: Dilma será afastada definitivamente da Presidência da República se dois terços do Senado (54 dos 81 senadores) julgarem que ela cometeu crime. Nesse caso, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), assume, com a missão de cumprir o mandato restante até o fim, no dia 31 de dezembro de 2018.   A favor do impeachment: Alex Canziani (PTB); Alfredo Kaefer (PSL); Christiane Yared (PR);  Diego Garcia (PHS); Dilceu Sperafico (PP); Evandro Roman (PSD); Fernando Francischini (SD); Giacobo (PR);  Hermes Parcianello (PMDB); João Arruda (PMDB); Leandre (PV); Leopoldo Meyer (PSB);  Luciano Ducci (PSB); Luiz Carlos Hauly (PSDB); Luiz Nishimori (PR); Marcelo Belinati (PP); Nelson Meurer (PP)
Nelson Padovani (PSDB); Osmar Serraglio (PMDB); Paulo Martins (PSDB); Ricardo Barros (PP) Rubens Bueno (PPS); Sandro Alex (PSD);  Sergio Souza (PMDB); Takayama (PSC); Toninho Wandscheer (PROS); Contra o impeachment:  Aliel Machado (Rede);  Assis do Couto (PDT); Enio Verri (PT) e Zeca Dirceu (PT)

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