Gim Argello é acusado de receber dinheiro para blindar empreiteiros
O alvo principal da 28ª fase da operação Lava Jato é o ex-senador Gim Argello do PTB do Distrito Federal, acusado de receber propina para blindar empreiteiros nas CPIS da Petrobrás no Congresso. O ex-senador foi preso em casa, em um bairro nobre de Brasília. O local também foi alvo de busca e apreensão - os policiais chamaram um chaveiro para abrir o cofre. A prisão de Gim Argello é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Outras duas pessoas ligadas ao ex-senador também foram presas em Brasília: Paulo Cesar Roxo Ramos e Valério Neves, que era secretário-geral da presidência da CâmaraLegislativa do Distrito Federal e foi exonerado por causa da operação. A prisão deles é temporária, ou seja, tem prazo inicial de cinco dias. A 28ª fase da Lava Jato cumpriu, ao todo, 23 mandados judiciais, além da prisão preventiva, duas temporárias e cinco mandados de condução coercitiva, entre elas a do filho do ex-senador, Jorge Argello Júnior, e 15 de busca e apreensão no rio de janeiro, Taguatinga Brasília e São Paulo. Em São Paulo, os policiais estiveram no escritório da AOS. Entre os crimes apurados nesta fase da lava jato estão corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O ex-senador Gim Argello é um personagem conhecido da política em Brasília. É conhecido também da Polícia Federal em outras investigações além da Lava Jato. Segundo as investigações, a UTC pagou R$ 5 milhões a Gim Argello entre julho e outubro de 2014. O dinheiro foi indicado para repassar a quatro partidos que, junto com o PTB, formaram a coligação da campanha de Gim ao senado em 2014. Já a OAS repassou R$ 350 mil em maio de 2014, quando a CPI foi instalada no Senado. Leo Pinheiro mandou mensagem no celular de executivos da OAS pedindo o pagamento. O depósito teria que ser feito na conta de uma paróquia, em Brasília. O dinheiro sairia da obra da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, segundo as mensagens. O pagamento é para "alcoólico", identificado como Gim Argello, em trocadilho com o nome da bebida. Segundo as investigações, Argello é frequentador da paróquia e manteve contatos frequentes com executivos da empresa. Segundo os procuradores, não há evidências de que a paróquia tenha participado ou tivesse conhecimento do esquema. A atuação política de Gim favorável aos empreiteiros em troca de propina foi revelada nas delações do senador Delcidio do Amaral que era do PT e do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Lava Jato. A operação concluiu que a CPI da Petrobrás foi usada pelo ex-senador não para combater, mas para praticar a corrupção. (Jornal Hoje)
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