19/07/2017

TEMPERATURA - Quarta-feira de geada e temperaturas negativas

Faxinal registrou -3.2°C graus na madrugada de 19 de julho. Na região de Ivaiporã e Apucarana, várias cidades registraram geada moderada. Agricultores falam em perda na cultura do trigo


    A manhã de quarta-feira, dia 19 de julho, foi gelada na região de Ivaiporã e Apucarana, de onde nossa reportagem recebeu diversas imagens de moradores de cidades como: Grandes Rios, Ivaiporã, Jardim Alegre, Borrazópolis e Faxinal, com registro de formação de geada. O agrônomo Reginaldo Pavesi, de Faxinal, registou -3.2 negativos na madrugada, marca considerada histórica; já o Simepar, revelou que as temperaturas negativas ocorreram em várias regiões, destaque para a região de São Mateus do Sul, com -5,2°C. Mesmo no norte e no noroeste paranaense os valores de temperatura ficaram baixos, com valores entre 2 e 4°C. Para o agricultor Luiz Carlos Michelin, de Borrazópolis, dá para se fazer uma análise prematura que a geada foi moderada, mais somente uma semana depois é que se perceberá o efeito dela nas culturas de trigo. Há quem aposte em perdas de até 30% em alguns município. Já o milho, somente plantas mais atrasadas é que podem ter sido afetadas. Em Grandes Rios, as informações são de que a Cultura de café não foi afetada, mas o Nelson Menoli, da Emater, estava a Campo para confirmar estes detalhes. Na manhã de quarta, o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e o IAPAR ainda mantinha a previsão de geadas na madrugada desta quinta-feira, 20 de julho, em toda a zona cafeeira paranaense, que abrange as regiões do Norte Pioneiro, Norte, Noroeste e parte do Oeste do Estado. A recomendação para os plantios novos, com até seis meses de campo, é enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou aquecimento, com a opção de adotar as duas práticas simultaneamente. Ainda segundo o IAPAR, as baixas temperaturas que chegaram ao Paraná no dia 17 de julho, podem ocasionar perdas para a agricultura do Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Abastecimento e Agricultura. As lavouras de trigo – em fase de frutificação e maturação, as mais suscetíveis –, do milho e hortaliças são as que mais preocupam, além da produção de leite. O trigo, que começou a ser plantado em abril, é a cultura mais suscetível às mudanças climáticas, pois está em fase de frutificação e maturação. Cerca de 48% das lavouras está suscetível a problemas climáticos, principalmente no Sul do Estado, mais afetado pelo frio. “Por causa do clima, o potencial de produção deste ano, que é de 3 milhões de toneladas, deve ser reduzido”, relata o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. Nos últimos anos o inverno no Paraná foi ameno e não houve perdas significativas. Em 2016, que não teve um inverno tão rigoroso, 3,5 milhões de toneladas de trigo foram colhidas no Estado. HORTALIÇAS E LEITE - As hortaliças, de acordo com o coordenador de conjuntura agropecuária do Deral, Marcelo Garrido, também são sensíveis à frente fria, assim como o leite. No caso do leite, os produtores precisam complementar as pastagens perdidas pelas geadas. “É mais uma questão de aumento do custo de produção do que de perda, como nas outras culturas”, salienta Garrido.

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