03/10/2018

CALIFÓRNIA - POLÊMICA NA CÂMARA

Vereador é suspeito de usar empresa do pai para vencer licitação.  Ele diz que ocorreu apenas uma falha  e  foi absolvido por parte dos dos colegas de Câmara 
                           IRREGULARIDADE                 

No link de vídeo, a partir dos  55 minutos e 54 segundos, veja a leitura do requerimento e os debates sobre o tema  
       No município de Califórnia, administrado pelo prefeito Paulo Wilson Mendes, o "Paulinho Moises", do PP, novas polêmicas tem chamado atenção. O presidente da Câmara de Vereadores, senhor Jean Carlos de Souza Neves, do DEM, é acusado de supostamente vencer uma licitação da prefeitura, de R$48.000,00 (quarenta e oito mil reais), cuja concorrência reduziu o valor para 25 mil, para prestação de serviços de frete de tubos de concreto, usando uma empresa de seu pai, senhor Carlos Neves, o que seria uma ilegalidade. Segundo o vereador Artur Antonio de Oliveira Neto, do PSC, houve uma denúncia que a empresa vencedora era do pai do político, mas foi flagrado um caminhão da empresa J. C. Neves, que é de propriedade de Jean, fazendo o transporte de manilhas da cidade de Arapongas para Califórnia, como se fosse um veículo da empresa de seu genitor. Fotos e vídeos, confirmaram a irregularidade. Por conta da denúncia, três vereadores: Fernandes Fracassi, do PP; Vilmar Rodrigues da Silva, PV e o já citado Artur Antonio de Oliveira Neto, do PSC, fizeram um requerimento para abertura de uma CEI - Comissão Especial de Inquérito, com a finalidade de investigar e, confirmada a suspeição, abria-se uma CP- Comissão Processante que poderia resultar na cassação de mandato. Durante a discussão para aprovação do requerimento, com a casa cheia, a maioria dos vereadores se posicionaram a favor do presidente da Casa de Leis. O vereador Claudemir, por exemplo, fez uma defesa enfática de Jean, afirmando que seu pai fazia o transporte e como quebrou a carreta, que ele utilizava, emprestou um caminhão da empresa de seu filho, mas que não houve desvio de recursos e prejuízos ao erário. A fala do vereador Diogo da Silva Porto, do PSDB, também chamou atenção, por reconhecer a irregularidade, mas compactuar com ela e votar contra a abertura de uma CEI. "Eu gostaria de parabenizar quem entrou com o requerimento, porque o vereador Jean foi contra a lei; só que no meu modo de analisar, apenas o fato de existir um requerimento já é uma punição muito severa, porque Jean não negou os fatos e é como um réu confesso, ou seja, disse que foi mesmo errado ao mandar um caminhão para suprir o outro. Se a gente votar o requerimento aqui, ele será cassado, mas acho que já foi punido perante a população e algo a mais do que isso, seria muito grave", disse o vereador Diogo. Durante a sessão polêmica, o vereador Jean, agradeceu os nobres colegas; afirmou que foi na casa de alguns deles para explicar pessoalmente o que realmente aconteceu. Sobre a licitação, afirmou que realmente a empresa vencedora é de seu pai e que apenas emprestou um caminhão para socorrer outro que havia quebrado. "Quero dizer a população que fiquem tranquilos; não houve superfaturamento, mas infelizmente aconteceu um erro. Quebrou um caminhão, um azar desgramado, e tiraram a foto justamente do caminhão que estava fazendo o socorro, mas não tiraram do caminhão que estava correto fazendo o transporte", disse Jean, em sua defesa, durante a sessão. VOTAÇÃO - Votaram pela abertura da CEI e para que o fato fosse investigado, quatro vereadores: Junior Cesar Belonci, do PSC; Fernandes Fracassi, do PP; Vilmar Rodrigues da Silva, PV e Artur Antonio de Oliveira Neto, do PSC. Foram contra o requerimento e pela não investigação: Claudemir Nunes Barbosa, PTB; Diogo da Silva Porto, PSDB; João Batista da Silva, PHS; e Paulo Henrique do Carmo Polato, PDT. NÃO ENCONTRADO - Nossa reportagem ligou várias vezes no celular do vereador Jean, e também deixamos recado na caixa de mensagem, mas até a publicação desta reportagem, ele não havia retornado.

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